A pressão feita pela agência de classificação de risco S&P para que o Brasil acelere a aprovação da reforma da Previdência, o ambiente tranquilo no noticiário político e dados positivos da balança comercial chinesa fizeram com que o Ibovespa operasse em alta ao longo de todo o pregão e fechasse com mais um recorde. Com um avanço de 0,43%, o principal índice da Bolsa encerrou o pregão desta sexta-feira, 13, aos 76.989,78 pontos. Na semana, o índice acumulou ganho de 1,23%.
Ontem, um executivo da S&P Global Ratings, Joydeep Mukherji, disse em teleconferência que a nota soberana do Brasil pode ser rebaixada se a reforma da Previdência não for aprovada em tempo hábil de "dar algum respiro" ao próximo governo. A declaração foi recebida por investidores como um novo impulso para a tramitação do projeto no Congresso.
A Vale e as empresas siderúrgicas foram as que mais contribuíram para o avanço do Ibovespa. A mineradora contou com a ajuda de dados de setembro da balança comercial chinesa, com aumento de 8,1% nas exportações e de 18,7% nas importações, na comparação com igual mês do ano passado. Com isso, os papéis da Vale fecharam em alta de 5,82% (ON), a R$ 32,91, e de 6,22% (PNA), a R$ 30,39. Sem o mesmo impulso, as ações da Petrobras encerraram com queda de 0,36% (ON), a R$ 16,08, e estabilidade (PN), a R$ 16,51.
Apesar do feriado prolongado, os negócios no mercado de ações alcançaram volume expressivo, de R$ 9,96 bilhões. Parte do giro é explicado pela participação dos estrangeiros, que operaram em dia útil normal. Também contribuiu a proximidade do vencimento de opções sobre ações. Como hoje foi o último dia útil antes da data, muitos buscaram zerar suas posições.