Varejo de Pernambuco reage e abre até sete mil vagas temporárias

Com desempenho se mantendo superior às médias nacionais, Estado comemora vendas e tem boas expectativas para o fim do ano
Luiza Freitas
Publicado em 17/10/2017 às 7:15
Com desempenho se mantendo superior às médias nacionais, Estado comemora vendas e tem boas expectativas para o fim do ano Foto: Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem


Se o varejo nacional está animado com os resultados dos últimos meses, em Pernambuco o setor comemora o que já considera uma recuperação consistente e superior a algumas médias do Brasil. Prova disso é o resultado de agosto da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo IBGE. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, o Estado registrou alta de 4,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto o País ficou em 0,7%. A confirmação da melhora nas vendas vem em um momento decisivo para encerrar o ano com boas perspectivas: é em novembro que o comércio começa a contratar funcionários temporários para o fim de ano. Com números animadores, empresários ampliam também as perspectivas de geração de vagas.

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Desde março, o volume de vendas do comércio varejista em Pernambuco – visto em comparação com os respectivos meses do ano passado – tem se mantido positivo e acima do desempenho registrado nacionalmente. Com isso, enquanto a Confederação Nacional do Comércio (CNC) revisou de 2,2% para 2,8% a projeção de crescimento do setor para 2017, no Estado a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo em Pernambuco (Fecomércio-PE), estima uma alta de 10%.

CONTRATAÇÕES

“Tudo indica que o número de contratações para o fim do ano vai ser o maior. Com a melhora nas vendas, os empresários vão querer contratar mais para garantir o atendimento ao consumidor”, analisa o economista da Fecomércio-PE, Rafael Ramos.

De acordo com as estimativas da Câmara de Dirigentes Logistas do Recife (CDL Recife), o comércio da Região Metropolitana (RMR) deve contratar 7 mil temporários a partir de novembro. “Tivemos uma resposta muito positiva com o Dia das Crianças, o que reforça as perspectivas de contratações para o fim do ano, que devem acontecer principalmente nas redes de sapataria e vestuário, que dependem muito do atendimento”, comenta o presidente da CDL Recife, Eduardo Catão.

SEGMENTOS

Esses segmentos estão na lista dos que mais ajudaram o Estado a despontar diante dos resultados nacionais. No vestuário, o volume de vendas de janeiro a agosto cresceu 17% no Estado, quando comparado com o mesmo período de 2016, enquanto o resultado nacional foi de 7,3%. A diferença entre os dois cenários nessa base comparativa é ainda mais profunda entre os eletrodomésticos: alta de 31% em Pernambuco contra 8,6% do País.

“Quando bens duráveis e semiduráveis (o caso de eletrodomésticos e vestuário, respectivamente) começam a reagir, geralmente o comportamento está relacionado ao acesso ao crédito”, afirma o economista da Fecomércio-PE. Já o presidente da Associação Pernambucana de Shopping Centers (Apesce), Paulo Carneiro, acredita que os bons resultados são reflexo de uma demanda que estava reprimida diante da insegurança econômica. “Começamos um novo ciclo. Apesar da crise política, as pessoas já conseguem ver que pelo menos as prinicpais medidas econômicas estão sendo tomadas e isso deixa elas mais confiáveis para consumir”, analisa.

REFORMA

Entre os shoppings de Pernambuco, a expectativa de crescimento para todo o ano é ainda maior, de 12%. Tanto para os lojistas de malls quanto os do comércio tradicional, as contratações temporárias devem ser favorecidas pela reforma trabalhista, válida a partir de 11 de novembro. Com a flexibilização estabelecida pelo novo texto, as perspectivas de efetivação também melhoraram, ficando em 27% no País, segundo a CNC, que nos últimos três anos estimou percentuais entre 5% e 10%.

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