IPCA-15 fica em 0,34% em outubro, ante 0,11% em setembro

Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumula aumento de 2,25% no ano
Estadão Conteúdo
Publicado em 20/10/2017 às 11:40
Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumula aumento de 2,25% no ano Foto: Foto: Arquivo/ JC Imagem


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,34% em outubro, após ter avançado 0,11% em setembro. O resultado, divulgado nesta sexta-feira (20)pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta entre 0,23% e 0,48%, com mediana positiva de 0,35%.

Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumula aumento de 2,25% no ano. A taxa acumulada em 12 meses até outubro foi de 2,71%.

Juros estáveis?

Os juros futuros rondavam os ajustes anteriores nesta sexta-feira após começarem com viés de alta. A perda de força das taxas futuras refletiu a virada do dólar para o lado negativo ante o real em meio a expectativas de ingressos de fluxo cambial, além do fraco IPCA-15 de outubro.

Segundo um operador de renda fixa, sem um condutor forte para os juros, a liquidez nesta sexta deve seguir reduzida, com investidores evitando arriscar posições.

Às 9h55, o DI para janeiro de 2019 marcava 7,23%, igual ao ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2020 exibia 8,15%, de 8,16%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 seguia em 8,83%, mesma taxa do ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista caía 0,04%, aos R$ 3,1749. O dólar futuro de novembro seguia em alta, aos R$ 3,1790 (+0,22%).

Alimentos

Os preços dos alimentos reduziram o ritmo de queda na passagem de setembro para outubro. O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um recuo de 0,94% em setembro para diminuição de 0,15% em outubro, dentro do IPCA-15, divulgado nesta sexta.

Apesar da queda menos intensa, o grupo ainda deu a maior contribuição negativa para a taxa de 0,34% do IPCA-15 este mês, -0,04 ponto porcentual. Entre as regiões, os alimentos subiram em Curitiba (1,00%), Goiânia (0,28%), São Paulo (0,27%) e Fortaleza (0,18%). Os recuos foram desde -1,05% no Recife até -0,09% em Salvador.

Na média nacional, os alimentos para consumo no domicílio ficaram 0,34% mais baratos no IPCA-15 de outubro. As famílias pagaram menos pelo alho (-9,88%), feijão-carioca (-5,95%), açúcar cristal (-3,63%) e leite longa vida (-3,52%). Por outro lado, ficaram mais caras as carnes (0,54%) e as frutas (1,40%).

A alimentação fora de casa subiu 0,18% no mês, com resultados que foram desde a queda de 2,18% em Brasília até o avanço de 2,67% na região metropolitana de Curitiba.

Combustíveis

Os reajustes de preços em combustíveis anunciados pela Petrobras foram um dos responsáveis por puxar esta alta do IPCA-15. Houve elevação de 5,36% nos combustíveis domésticos, pertencentes ao grupo Habitação, e de 1,29% nos combustíveis de veículos, incluídos no grupo Transportes (0,60%)

O gás de botijão, item do grupo Habitação, subiu 5,72% em outubro, o maior impacto individual sobre o IPCA-15 do mês, o equivalente a 0,07 ponto porcentual.

Entre setembro e outubro, a Petrobras anunciou três reajustes nas distribuidoras para o botijão de gás de 13 kg: 12,2% a partir de 6 de setembro; 6,90% a partir de 26 de setembro e 12,9% a partir de 11 de outubro.

Transportes

O grupo Transportes desacelerou o ritmo de alta na passagem de setembro para outubro, saindo de 1,25% para 0,6% no período, dentro do IPCA-15.

O movimento foi influenciado por aumentos menores na gasolina, que passou de uma alta de 3,76% em setembro para um avanço de 1,45% em outubro, e nas passagens aéreas, que saíram de um salto de 21,30% em setembro para elevação de 7,35% em outubro.

No entanto, o grupo ainda exerceu a maior pressão para o avanço de 0,34% no IPCA-15 de outubro, o equivalente a 0,11 ponto porcentual.

Energia elétrica

A energia elétrica ficou 0,15% mais barata em outubro, dentro do IPCA-15. As variações oscilaram de um recuo de 1,82% na região metropolitana de Porto Alegre a uma elevação de 3,77% em Salvador.

O item impediu uma alta ainda mais acentuada no grupo Habitação, que subiu 0,66% em outubro, pressionado pelo aumento de 5,72% no gás de botijão. Houve impacto também do aumento de 0,11% na taxa de água e esgoto, em função do reajuste de 4,33% na região metropolitana de Fortaleza a partir de 23 de setembro, em complementação aos 12,90% em vigor desde junho de 2017.

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