EMPRESÁRIOS

Em meio à crise, número de MEIs sobe cerca de 40%

Nos últimos três anos, houve aumento de 38% no número de MEIs no País

Da editoria de economia
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Publicado em 06/10/2018 às 14:46
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Nos últimos três anos, houve aumento de 38% no número de MEIs no País - FOTO: Foto: Pixabay
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Nos últimos três anos, o brasileiro procurou empreender para escapar da crise. É o que mostra estudo da Serasa Experian que identificou aumento de 38% no número de Microempreendedores Individuais (MEI) no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2015. Segundo o levantamento, 1.033.017 MEIs surgiram no acumulado de janeiro a junho deste ano contra 748.371 nos seis primeiros meses de 2015.

O avanço na formalização nos últimos três anos foi uma forma de driblar a crise econômica que deixou milhares de desempregados. No Brasil, hoje, são 12,7 milhões segundo dados do IBGE.

“Diante deste cenário, os resultados mostram que o fenômeno do ‘empreendedorismo por necessidade’ tem ganhado cada vez mais relevância. Por isso, é importante que o MEI busque alternativas e capacitação para que o pequeno negócio alcance o crescimento sustentável”, diz o vice-presidente de Micro, Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian, Victor Loyola.
Na comparação entre o primeiro semestre de 2018 e o mesmo período de 2017, o registro de MEIs subiu 14,5% no País.

Já em Pernambuco, houve alta de 17,3% na formalização de microempreendedores no primeiro semestre de 2018 em relação ao primeiro semestre de 2017. No ranking de Estados com o maior número de abertura de empresas, o Distrito Federal está em primeiro lugar e apresentou alta de 23% no mesmo período, seguido por Paraná (19,8%), São Paulo (18,75) e Santa Catarina (17,9%).

A figura do Micro Empreendedor Individual (MEI) foi criada para formalizar empresários que faturam até R$ 81 mil por ano, tenham no máximo um empregado e não participem como sócio, administrador ou titular de outra empresa.

O advogado Arthur Couto é um exemplo de empresário que se formalizou este ano. Ao lado da sua mãe, está a frente da loja de roupa infantil Childress, em Piedade, no município de Jaboatão dos Guararapes. “Eu estudei direito e, no fim do curso, eu trabalhei na área, mas eu não fiquei satisfeito. Sempre quis ter um negócio próprio. A áreade direito também não está muito legal, depende de indicação em escritórios de advocacia ou concurso público. Aliado ao meu desejo de empreender estava a necessidade familiar, minha mãe também queria se ocupar”, comenta Couto.

SETORES

A pesquisa da Serasa Experian mostra, ainda, que higiene e beleza é setor com maior quantidade de abertura de novos negócios no primeiro semestre de 2018: 8,9%. Outros setores que se destacam são serviços de alimentação (8,2%), reparação e manutenção de prédios e instalações elétricas (8,1%) e comércio de confecções em geral (7%). Já transporte rodoviário de cargas é um dos que apresentam menor formalização (2,1%).

A esteticista Nathália Magalhães se tornou MEI este ano de olho nos benefícios garantidos ao profissional, como aposentadoria, auxílio doença, salário maternidade, por exemplo. “É uma forma de me resguardar caso eu precise um dia. Faz quatro anos que trabalho como esteticista, comecei atendendo em domicílio e, ao longo dos anos, meu negócio foi crescendo. Hoje, tenho um estabelecimento”, afirma a esteticista que atende, em média, 20 clientes por semana na clínica que leva seu nome, na Várzea, Zona Oeste do Recife.

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