Terminou mais uma vez sem acordo a reunião entre a Petrobras e os sindicatos que representam os empregados da estatal nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Insatisfeitos com a proposta de ajuste salarial de 1% da estatal, contra a reposição da inflação reivindicada pela categoria, os sindicatos propõem uma semana de mobilizações a partir da próxima segunda-feira (29) também contra a privatização da companhia.
Leia Também
- STF ordena que Petrobras abasteça navios iranianos
- Petrobras vai reduzir preço do GLP industrial e comercial a partir desta quarta
- O ex-diretor da Petrobras diz que pegou propina que iria para o PT
- Petrobras reduz gasolina em R$ 0,07 e diesel em R$ 0,08
- Petrobrás prepara operação para vender até 30% da BR Distribuidora
"A proposta, que foi rejeitada por todas as assembleias da categoria, ela (Petrobras) considera um avanço", ironiza o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e diretor do Sindipetro Norte Fluminense, José Maria Rangel. "Mais uma reunião do acordo coletivo, e mais uma vez eles vêm com muita conversa e pouca ação concreta", completou em um vídeo de divulgação.
Para mostrar o descontentamento com a proposta da empresa, que além do ajuste abaixo da inflação quer retirar várias cláusulas consideradas conquistas da categoria pelos sindicatos, a FUP e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) estão convocando os empregados para fazer uma mobilização na próxima semana também contra a privatização da companhia, que tem vendido ativos relevantes nos últimos tempos, como a BR Distribuidora esta semana.
"O acordo coletivo é também uma forma de ir contra a privatização da Petrobras", disse Aedson Costa, diretor da FNP. "Temos que dar um basta para defender nossos irmãos que estão ficando desempregados", completou.