O presidente Jair Bolsonaro não descartou a possibilidade de privatizar a Petrobras, mas disse que vai avaliar a proposta que será apresentada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e verificar o "custo-benefício" da medida. "A ideia é abrir o Brasil", disse em conversa com jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, pela manhã desta quinta-feira (22).
"O governo estuda tudo, nós temos que nos preparar para qualquer coisa", disse. "[O governo] estuda privatizar qualquer coisa. Tudo é levantado, tudo é discutido. Você vai ter que analisar o custo-benefício, o que é bom para o Brasil o que não é. Tudo você pode ser estudado", declarou Bolsonaro.
Na quarta-feira, 21, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o governo ainda não decidiu colocar a Petrobras na carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Quando uma empresa passa a fazer parte do PPI, é possível iniciar estudos para decidir a respeito de uma futura privatização.
Preço do combustível
Bolsonaro também voltou a reclamar dos preços dos combustíveis da Petrobras na bomba, dizendo que quer saber "por que o preço diminui na refinaria e na ponta não diminui". "O que a gente tem que fazer para esse preço chegar na ponta. Se está havendo cartel ou não está, não posso acusar. Mas é uma realidade. Não tem diminuído e ponto final", criticou.
Questionado se poderia representar algum tipo de interferência na política de preços, Bolsonaro negou. "Pelo amor de Deus, que pergunta, né? É uma estatal? Qual o objetivo, qual o fim social da estatal? É atender melhor a população. Em nenhum momento eu falei abaixa o preço aqui lá, acolá, é uma coisa, uma percepção que o povo todo, nas minhas mídias sociais, tem reclamado", reagiu.
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