O faturamento da indústria cresceu 2% em julho na comparação com junho, na série livre de ajustes sazonais. O dado consta da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Esse foi o segundo mês consecutivo de alta do faturamento, mas, apesar disso, o aumento não foi acompanhado do crescimento das horas trabalhadas na produção ou do emprego, que tiveram queda pelo terceiro mês consecutivo.
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Horas trabalhadas
As horas trabalhadas, após o ajuste sazonal, tiveram queda de 0,5% em julho na comparação com o mês anterior, acumulando recuo de 1,1% nos últimos três meses. Já o emprego, teve recuo de 0,1% no mês. O rendimento médio apresentou recuo também, de 0,2% no mês, acumulando queda de 0,9% nos dois últimos meses.
A pesquisa aponta que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) de julho atingiu 77,7%, o que significa um aumento de 0,1 ponto porcentual.
''A indústria continua sem registrar recuperação significativa na comparação com 2018. Na verdade, todos os indicadores mostram queda, ainda que inferiores a 1%, na comparação com julho de 2018'', destaca a CNI. Na avaliação da entidade, a indústria ainda se ressente de uma demanda mais forte, que estimule o aumento da produção e a ocupação da capacidade instalada. ''A redução da ociosidade é fundamental para a retomada do investimento, o que aceleraria a recuperação da indústria'', afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.