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Se a maior parte dos consumidores pretende manter as comemorações de fim de ano tendo apenas mais atenção aos gastos, o clima não é tão bom para quem precisa vender. Segundo pesquisa da Fecomércio-PE, 56% dos empresários pernambucanos acreditam que haverá uma redução no desempenho em comparação ao mesmo período do ano passado. Na Região Metropolitana do Recife, esse número aumenta para 58,6%. Cientes das dificuldades, grandes redes de atacado e varejo criam estratégias para reduzir as perdas.
A estratégia da rede Assaí Atacadista, por exemplo, foi oferecer o parcelamento em três vezes sem juros e segurar os preços. “Este ano vai demandar um comportamento mais cauteloso dos consumidores. Então nos esforçamos para oferecer preços mais competitivos. Para isso, fizemos negociações em grandes volumes e mantivemos a estocagem nas próprias lojas, dispensando a necessidade dos centros de distribuição, o que reduz muito nossos custos”, revela o presidente da marca, Belmiro Gomes.
Negociações antecipadas e ações promocionais diferentes a cada semana são as estratégias do RM Express. “O movimento começou a aumentar nessa semana e esperamos que cresça. Produtos mais baratos e os nacionais estão saindo mais. Estamos priorizando as bebidas, já que é o momento em que saem mais”, afirma o gerente de compras do RM, Filipe Torres. Já o Walmart investiu na oferta de produtos sazonais de marcas próprias vendidas em suas lojas, que, segundo a empresa, podem custar até 20% mais barato.
Com orçamentos mais apertados, muitas famílias passaram a recorrer à redes de atacarejo ao longo de 2015 e não deve ser diferente no último mês do ano. “Percebemos uma mudança no perfil do público há alguns meses. Esse grupo a mais, que antes não frequentava as lojas, vai ser o diferencial para alcançar o nosso desempenho mínimo esperado para as vendas de fim de ano”, acredita o gerente de operações das lojas Deskontão, José Kennedi Moais.