Tecnologia

Parque de tecnologia no Curado será reformado

Espaço foi criado 18 anos atrás para agregar empresas interessadas em desenvolver tecnologia de ponta

Renato Mota
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Renato Mota
Publicado em 13/07/2016 às 10:22
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Espaço foi criado 18 anos atrás para agregar empresas interessadas em desenvolver tecnologia de ponta - FOTO: Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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O Parqtel vai passar por um “reboot”, para usar um termo comum no setor de tecnologia. A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) do Estado tem uma nova proposta para o espaço, localizado no bairro do Curado. Como forma de inseri-lo na chamada “manufatura 4.0”, o Parqtel agora atende pelo nome de Parque Tecnológico de Eletroeletrônicos e Tecnologias Associadas de Pernambuco. Entre as novidades apresentadas pela Secti, está a criação de uma incubadora de projetos de inovação tecnológica (Inbarcatel) e implantações do Centro de Pesquisa e Inovação em Manufatura Avançada e do Instituto de Inovação Tecnológica da Universidade de Pernambuco (UPE). Os investimentos, somados, chegam à ordem de R$ 6,6 milhões.

De acordo com a secretária Lúcia Melo, os recursos para esses investimentos virão da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), na ordem de R$ 3,8 milhões, além de uma contrapartida do governo, de R$ 1,29 milhão. “Esse investimento já estava aprovado e nós mudamos o foco para alinharmos com a agenda do Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação. Queremos que o Parqtel tenha um papel fundamental para promover a inovação em Pernambuco, em conjunto com o Porto Digital, no setor de TIC, e o Parque de Inovação em Saúde”, diz a secretária. Hoje, doze empresas já atuam no Parqtel e outras três estão em fase de instalação.

Nesta quinta-feira (14), será lançado o edital da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe) para desenvolvimento de projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica no Parqtel. Serão liberados R$ 1 milhão para projetos de pesquisa, que serão incubados no Inbarcatel, e outros R$ 600 mil para a implementação de laboratórios de prototipagem e internet das coisas em escolas técnicas no Estado. O lançamento será feito durante o Workshop sobre Manufatura Avançada, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a própria Secti, na Jump Brasil, em Santo Amaro.

O edital tem como objetivo apoiar atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, mediante a seleção de propostas para concessão de apoio financeiro a projetos a serem desenvolvidos no Parqtel. As propostas deverão ser enviadas até 5 de setembro e poderão solicitar recursos financeiros em itens de capital e custeio entre R$ 100 mil e R$ 300 mil, para desenvolvimento de projetos em até 24 meses. O Centro de Gestão Técnica e Administrativa (CGTA) do Parqtel comporta até 10 projetos em incubação.

As empresas utilizarão a infraestrutura dos futuros quatro laboratórios para prestação de serviços tecnológicos e desenvolvimento e prototipação de projetos de inovação e serviços em manufatura avançada. “O Centro multiusuário também tem como objetivo criar redes de cooperação entre universidades, ICTs e indústrias, em um ambiente propício para inovação. Pretendemos agregar e complementar várias infraestruturas já existentes nas instituições instaladas no Estado e integrá-los através do Parqtel”, explica a secretária.

O Instituto de Inovação Tecnológica (IIT) da UPE, que já está em construção, será um espaço multidisciplinar para pesquisas em patentes de eventuais futuros produtos. O primeiro prédio terá aproximadamente 1.600 m² de área construída e poderá acomodar projetos que já estão em desenvolvimento na UPE, em parceria com empresas como a Chesf, Celpe, Alcatel-Lucent, FCA e Ericsson, entre outros.

HISTÓRICO

Criado há 18 anos para agregar as empresas de base tecnológica interessadas em desenvolver tecnologia de ponta no setor eletroeletrônico, o Parqtel sempre foi um problema para o governo (independente da gestão). Entre 1999 e 2006, praticamente não recebeu investimentos, e nos últimos dez anos vem sofrendo com políticas que não atendem à demanda do setor. Para a secretária Lúcia Melo, faltava “uma política de Estado”.


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