Os alimentos aparecem mais uma vez como vilões da inflação. De acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mês de julho registrou alta de 0.61% na categoria de alimentação em relação ao mês anterior. O valor é o maior quando comparado ao mesmo período desde o ano de 2000 e representa 65% de todo o IPCA-Julho.
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Entre os principais responsáveis pela alta estão o feijão preto (41,59%), o feijão carioca (32,42%), o feijão mulatinho (18,89%) e o leite (17,58% mais caro). Já os produtos tiveram a queda mais acentuad de preço foram a cebola, com -28,37%, e a batata-inglesa, cujos preços caíram 20%.
Para o consumidor final, o preço do feijão carioquinha chegou a atingir cerca de R$ 16 nas prateleiras dos supermercados e feiras da Região Metropolitana do Recife (RMR). O principal motivo da alta de preço são as secas nas principais regiões produtoras do Brasil, como Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Bahia. A expectativa é de uma colheita mais positiva para a segunda quinzena do mês de agosto, estabilizando um pouco mais, ainda que não totalmente, o preço do produto.
No caso do leite longa vida, o alto custo de insumos como milho e soja para alimentação do gado, além de secas na bacia leiteira brasileira como um todo, impactaram a produção de leite.
Olimpíadas
Depois dos alimentos, o grupo com maior aceleração na taxa de crescimento foi o de transportes, que passou de -0,53% para 0,40% graças às Olimpíadas Rio-2016. A categoria foi pressionada principalmente pelo alto custo das passagens aéreas, 19,22% ,mais caras e pelo preço dos tíckets de ônibus interestaduais (8,21%).
Veja galeria de fotos com os alimentos historicamente vilões da inflação: