A obra do novo campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) no Cabo de Santo Agostinho volta a ganhar ritmo com a liberação de recursos do Ministério da Educação (MEC). Na sexta-feira (23), o ministro Mendonça Filho visitou a construção e assinou a liberação de R$ 9,9 milhões. Para 2017, a expectativa é destinar mais R$ 103 milhões e promover a geração de 400 empregos na região.
“Quando assumi o ministério (em maio último) encontramos a obra do campus parada e com dívidas. Assumi o compromisso com a universidade de quitar as pendências e cumprir o cronograma de execução. Na primeira visita que fizemos encontramos apenas 20 pessoas trabalhando. Hoje já são 400 e a expectativa é dobrar esse número no próximo ano”, diz o ministro, destacando a importância da retomada das obras paralisadas nas universidades e institutos federais em todo o País para a geração de emprego e aquecimento da economia.
Na avaliação de Mendonça Filho, a obra do novo campus da UFRPE ajuda a reverter o desemprego na região e na formação de profissionais de engenharias, oferecendo mão de obra qualificada para o polo industrial de Suape. "Um campus como este vai garantir uma integração entre o conhecimento educacional e o desenvolvimento econômico e industrial da região”, pontua.
O orçamento total da obra do novo campus é de R$ 250 milhões e será totalmente bancada com recursos do MEC. A construção teve início em 2014 e até este ano só haviam sido liberados R$ 8 milhões. “Desde que assumi já liberamos R$ 35 milhões e esperamos inaugurar o campus em 2018”, destaca Mendonça Filho.
O assessor assessor especial da Reitoria da UFRPE, Romildo Morant, diz que até o primeiro quadrimestre deste ano o andamento da obra estava apenas em 8%. “Agora já são 400 pessoas trabalhando e 20% de execução”, calcula. O novo campus foi idealizado para atender a demanda industrial do Complexo de Suape. O espaço terá capacidade para receber 3 mil estudantes nos cursos de engenharia civil, elétrica, eletrônica, mecânica e de materiais.
“A UFRPE fechou parceria com a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) para que os alunos tenham aulas semanais nas empresas dos mais diversos segmentos. Dessa forma, os estudantes terão a vivência prática e acesso aos problemas para desenvolver soluções”, afirma Morant. Enquanto o campus não fica pronto no bairro da Charneca, no Cabo de Santo Agostinho, os cursos de engenharia estão funcionando provisoriamente desde 2014 nas instalações do Cone Suape, com 600 alunos.
A construção do campus está baseada na sustentabilidade. O espaço terá uma usina solar com capacidade para gerar um megawatt de energia, além de uma estação de tratamento de água.