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Chesf vai colocar a venda 13 empreendimentos

A medida faz parte do plano de desinvestimento da empresa que planeja conseguir R$ 2 bilhões a serem usados em obras inacabadas

Da editoria de economia
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Publicado em 05/07/2017 às 8:01
Foto: Divulgação/Chesf
A medida faz parte do plano de desinvestimento da empresa que planeja conseguir R$ 2 bilhões a serem usados em obras inacabadas - FOTO: Foto: Divulgação/Chesf
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A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) vai vender 13 dos empreendimentos que tem participação minoritária dentro de um programa de desinvestimento da estatal. No balanço da geradora, a parte da Chesf nesses negócios vale R$ 1,5 bilhão. No entanto, a empresa precisa arrecadar pelo menos R$ 2 bilhões para concluir 100 obras que estão atrasadas, como informa o presidente da Chesf, Sinval Zaidan Gama.

Isso significa que mais empreendimentos, implantados por Sociedades de Propósitos Específicas (SPEs), nos quais a estatal tem uma participação minoritária, podem ser vendidos, mas isso ainda não está definido. Por enquanto, serão vendidos os seguintes empreendimentos com a participação da Chesf no negócio entre parêntesis: Integração Transmissora de Energia (12%), Interligação Elétrica do Madeira S.A. (24,5%), Manaus Transmissora de Energia (19,5%). Também estão na lista empresas nas quais a Chesf detém 49% de participação: Pedra Branca S.A., São Pedro do Lago, Sete Gameleiras, Baraúnas Energética, Mussambê Energética, Morro Branco I Energética, Vamcruz I Participações, Chapada do Piauí I Holding, Chapada do Piauí II Holding, Eólica Serra das Vacas Holding. A maior parte desses empreendimentos são parques eólicos.

“A nossa intenção é vender pelo melhor preço. Vamos ficar com os parques eólicos que estão em construção, como o de Pindaí, e o de Casa Nova, ambos na Bahia”, conta Sinval. No primeiro, a estatal tem um sócio com participação pequena e o segundo é quase 100% da estatal. A Chesf também tem participação em grandes hidrelétricas do Norte do País, como a de Belo Monte, no Rio Xingu, e a de Santo Antonio, no Rio Madeira. “Estamos fazendo a análise para ver se esses empreendimentos vão entrar no plano de desinvestimento ou não”, diz Sinval.

A venda dos ativos da Chesf representa uma das etapas do Plano Diretor de Negócios e Gestão (PDNG) 2017/2021 divulgado pela Eletrobras em fato relevante no dia 17 de novembro de 2016 e comunicado ao mercado da Chesf em 25 de janeiro de 2017. Ainda de acordo com esse comunicado, a transferência desses ativos da Chesf para Eletrobras “tem por objetivo promover a quitação de dívidas da companhia com a Eletrobras e diminuir sua alavancagem financeira”.

Além da venda de alguns ativos da Chesf, o programa de desinvestimento da Eletrobras, que é a dona da Chesf, deve incluir a venda de bens de outras subsidiárias da holding como as geradoras Eletrosul, Eletronorte e Furnas.

 IMPACTADA

A Chesf era uma das empresas mais lucrativas do Sistema Eletrobras. No entanto, a presidente Dilma Rousseff (PT) lançou, em setembro de 2012, um pacote de medidas – que se transformou na Lei 12.783 – que tinha o objetivo de reduzir em 20% a conta de luz de todos os brasileiros, o que nunca ocorreu. Para reduzir o preço da energia, a Chesf passou a vender energia mais barata, o que impactou no faturamento da empresa. Para se ter uma ideia, enquanto as hidrelétricas antigas (que já pagaram os seus investimentos em implantação) vendem, em média, o megawatt (MW) entre R$ 150 e R$ 160, a Chesf comercializou por R$ 38 (também no preço médio) em março último. Também ainda dentro do pacote, os ativos da Chesf passaram a valer menos. Resultado: a companhia se descapitalizou e muitas obras ficaram inacabadas. A Chesf também passou uma parte do primeiro semestre deste ano com um bloqueio judicial que impediu a companhia de usar mais de R$ 500 milhões da sua conta bancária, o que resultou em mais obras atrasadas.

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