Aproximação do Dia das Crianças – que figura entre as seis datas mais importantes do varejo nacional, já faz as lojas de brinquedos, roupas, calçados e outros artigos infantis ficarem repletas de clientes nas compras. A expectativa do setor para a data é boa. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a estimativa é de uma movimentação de R$ 7,4 bilhões nas vendas do País neste ano, um aumento de 3,4% em comparação com 2016.
“A perspectiva mais favorável acerca do desempenho do setor nessa data comemorativa se insere em um contexto mais amplo, no qual a recuperação do mercado de trabalho, inflação baixa e juros em processo de redução permitem um resgate parcial das condições de consumo”, aponta Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC.
No Recife, os estabelecimentos estão a todo vapor com a venda dos produtos para os pequenos. Tanto que o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL-Recife), Eduardo Catão, é ainda mais otimista. Trabalha com uma meta de crescimento de 4% para as vendas nesse período. Por consequência, a expectativa dos lojistas é animadora.
Em uma grife infantil, localizado em um shopping center da capital, a gerente Sheila Lira está confiante nos bons resultados. “A gente pretende vender bastante. Nossa meta é que seja 20% a mais, em comparação com 2016”, diz.
A expectativa é que o estabelecimento fature nesse período, no mínimo, R$ 10 mil. Até a última quinta-feira (5), dia em que o esteve na loja, foram vendidos R$ 2 mil.
Nos corredores do centro de compras, estava o comerciante Aluísio Damião. Ele foi comprar um drone para presentear seu filho de 7 anos. Desembolsou R$ 299 na “lembrança”. “Esse preço está razoável”, garantiu.
A diretora da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE) Brena Castelo Branco enxerga resultados favoráveis. “Isso faz parte de um cenário. Envolve a questão do mercado de trabalho, a queda do juros, a baixa na inflação. Estamos tendo uma recuperação lenta e gradual, mas não estamos caindo, especialmente nos setores ligados ao varejo”, frisa.
“Desde maio, o movimento cresceu nas lojas em comparação com 2016. A diminuição do desemprego ajuda bastante, porque quando as pessoas voltam a trabalhar, elas voltam às compras”, finaliza Catão, da CDL-Recife.