Atualizada às 7h52
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira o indiciamento de nove dirigentes da Fifa e de outros cinco funcionários da entidade, por conspiração e corrupção ao longo de um período de 24 anos. De acordo com o ESPN, José Maria Marin, ex-presidente da CBF, está entre os detidos. Também teriam sido presos Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel.
Leia Também
- Internautas fazem memes sobre o escândalo da Fifa
- EUA vão pedir colaboração do Brasil nas investigações sobre a Fifa
- Uefa fala em 'desastre' e pede adiamento das eleições da Fifa
- Marin e outros dez banidos do futebol pela Fifa
- Opositor a Blatter diz que Fifa precisa de líder que 'assuma responsabilidade'
- Fifa se diz vítima de operação que prendeu José Maria Marin e seis de seus executivos
- Fifa confirma Copas de 2018 e 2022 na Rússia e no Catar
- Ex-presidente da CBF detido em operação contra dirigentes da Fifa
- Fifa mantém eleição para sexta-feira e nega envolvimento de Blatter e Valcke em corrupção
O anúncio coincidiu com o uma operação na sede da Concacaf (Confederação da América do Norte, América Central e Caribe de Futebol) em Miami, como parte do caso, e depois que as autoridades suíças informaram a detenção de seis dirigentes do mundo do futebol em um hotel de Zurique, pouco antes do Congresso anual da Fifa.
A investigação "se estende pelo menos ao longo de duas gerações de dirigentes de futebol, suspeitos de abuso de suas posições para obter milhões de dólares em subornos e comissões", afirma um comunicado da secretária de Justiça, Loretta Lynch.
MISTÉRIO
A Fifa afirmou que não pode confirmar os nomes e o número de detidos ou envolvidos nesta quarta-feira em uma operação policial por um caso de corrupção, que incluiria vários dirigentes do futebol latino-americano segundo o jornal New York Times.
"Não podemos comentar os nomes publicados na imprensa", declarou Walter De Gregorio, porta-voz da Fifa, em uma entrevista coletiva na sede da entidade em Zurique, cidade na qual aconteceram as detenções. "Não posso confirmar os nomes ou quantas pessoas foram detidas", completou, diante da insistência dos jornalistas sobre a identidade dos envolvidos.
As autoridades suíças atuaram a pedido dos Estados Unidos, cujo Departamento de Justiça anunciou o indiciamento de nove dirigentes da Fifa e outros cinco funcionários da entidade, por conspiração e corrupção ao longo de um período de 24 anos. O jornal New York Times, que revelou o caso, informou que policiais suíços compareceram a um hotel de luxo de Zurique durante a madrugada.
Entre os acusados e possíveis detidos, o jornal e a rede britânica BBC mencionam o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin. As acusações envolvem uma dezena de pessoas, segundo o jornal, mas algumas delas não estão no momento em Zurique.
Entre os dirigentes atuais ou passados da Fifa acusados estão Jeffrey Webb (Ilhas Cayman), membro do comitê executivo, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jack Warner (Trinidad e Tobago), ex-membro do comitê executivo, já envolvido em outros casos de corrupção.
O jornal americano também cita o costarriquenho Eduardo Li, o nicaraguense Julio Rocha, Rafael Esquivel, presidente da Federação Venezuelana de Futebol, e o paraguaio Nicolás Leoz.