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O Rei do Futebol anunciou nesta quarta-feira (17) de que lado ficará na eleição para a presidência da Fifa, marcada para a sexta-feira da semana que vem. Pelé apoia formalmente o ex-vice-secretário-geral da Fifa Jérôme Champagne, que por enquanto aparece com chances bastante reduzidas de vitória.
Nesta quarta, o francês publicou no site oficial de sua campanha um vídeo em que Pelé, em inglês, expressa seu apoio. "Muita gente, quando fala sobre futebol e Fifa, me pergunta: 'Por que você vai dar apoio a Jérôme?' Eu apoio Jérôme porque eu conheço ele desde que 1996, quando era ministro do Esporte. Nós nos tornamos amigos. Sei sua visão sobre futebol, sobre o futuro do jogo. Por isso eu acredito nele. A gente esteve junto muitas vezes e sempre que a gente fala de futebol ele mostra preocupação com o futuro do futebol", diz o Rei do Futebol.
Champagne, de 57 anos, fez carreira como diplomata. Pelo que revelou Pelé, os dois se conheceram quando o francês era conselheiro diplomático e chefe de protocolo do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 1998, realizada na França. Nesta época, Champagne também conheceu Joseph Blatter, que em junho de 1998 se elegeu presidente da Fifa e levou o francês para trabalhar com ele, como conselheiro internacional.
O agora candidato à presidência da Fifa ficou na entidade por 11 anos, deixando seu cargo como conselheiro no início de 2010. Depois disso, trabalhou com diplomacia do futebol, batalhando pela aproximação entre Palestina e Israel, Chipre e Grécia, e pela aceitação de Kosovo na Fifa.
"Ele (Champagne) tem experiência, porque já esteve na Fifa por muito tempo. Sou amigo de todos que amam o futebol, mas quero o melhor. Acho que ele é uma das pessoas em que todos podem confiar. Eu amo futebol e sei que todos querem a Fifa bem organizada e democrática. Essa é a ideia de Jérôme Champagne", opina Pelé. No vídeo, o Rei do Futebol ainda deseja boa sorte ao "amigo" em português, inglês e espanhol. Também gravou uma breve passagem em inglês em que o desejo de "boa sorte" é em francês.
Os favoritos à eleição da Fifa são o xeque Salman bin Ibrahim Al Khalifa, que é presidente da Confederação Asiática e tem o apoio explícito da Confederação Africana (ainda que especule-se que só metade do continente vote com ele) e o suíço Gianni Infantino, apoiado pela Conmebol e pela Uefa. O príncipe jordaniano Ali bin Al-Hussein aparece como azarão, enquanto Champagne, assim como o político sul-africano Tokyo Sexwale, praticamente não têm chances de vencer.