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Juizado do Torcedor registra 43 ocorrências em seis meses no estado

Até o final de junho de 2018, casos de porte de droga e cambismo são os mais recorrentes

JC Online
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Publicado em 17/07/2018 às 12:32
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Até o final de junho de 2018, casos de porte de droga e cambismo são os mais recorrentes - FOTO: Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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O Juizado Especial do Torcedor do Estado de Pernambuco (Jetep) divulgou um balaço com os números de casos registrados no primeiro semestre de 2018. Segundo os dados, foram realizadas 43 audiências durante o período, sendo em sua maioria relacionadas a porte de drogas (21 casos) e atividade de cambismo (12 casos).

Segundo o juizado, foram acompanhados 50 eventos esportivos distribuídos entre Copa Sul-Americana, Copa do Brasil, Copa do Nordeste, Campeonato Pernambucano e pelo Campeonato Brasileiro das séries A e C.

O Jetep é responsável por julgar casos além do âmbito esportivo, atuando para realizar processos de ações cíveis e criminais. Na área cível, atende os torcedores que apresentem problemas com a compra do ingresso, de meia-entrada ou acesso ao setor reservado. Já na área criminal, entre as funções, o órgão julga cambistas e torcedores acusados por promover tumultos, por porte de drogas, incitação à violência ou invasão de campo.

Punição

Os torcedores que infringirem o Estatuto do Torcedor podem cumprir medida socioeducativa através do programa Futebol Cidadão. O juiz Ailton Alfredo, idealizador do projeto, ressalta a importância do resgate e da inclusão social do infrator. “O objetivo é oferecer uma pena alternativa humanizada. Em vez de afastar, reeducar por meio da pena, valorizando o aspecto pedagógico em vez do meramente punitivo”, destaca.

Entre as atividades, os reeducandos precisam comparecer à Academia de Polícia Civil uma hora antes dos jogos do seu time, ou dependendo da sentença, comparecer também em dias de partidas de equipes rivais. No local, eles assistem a palestras sobre o Estatuto do Torcedor, Lei Seca, Lei Maria da Penha, torcida organizada e uso abusivo de álcool e drogas. Também participam de rodas de conversa sobre cultura de paz e de dinâmicas motivacionais.

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