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Presidente do PSG é alvo de investigação sobre corrupção na França

Nasser Al-Khelaifi, presidente do Paris Saint-Germain, estaria envolvido com esquema de corrupção envolvendo o Campeonato Mundial de 2019, que será no Catar, no próximo mês de setembro

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 23/05/2019 às 9:06
FRANCK FIFE/AFP
Nasser Al-Khelaif é o presidente do Paris Saint-Germain (PSG) - FOTO: FRANCK FIFE/AFP
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O presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaifi, está sendo investigado por corrupção como parte de uma apuração sobre supostas irregularidades no processo de definição das sedes das edições de 2017 e 2019 do Mundial de Atletismo, disse uma autoridade judicial nesta quinta-feira.

A autoridade disse à agência de notícias The Associated Press que a acusação preliminar de "corrupção ativa" foi feita contra o presidente do grupo de mídia beIN neste mês. A declaração foi dada sob condição de anonimato porque a pessoa não estava autorizada a falar da investigação publicamente. De acordo com a autoridade, Al-Khelaifi é suspeito de corrupção "em relação ao Mundial de Atletismo do Catar".

O diretor executivo do beIN, Yousef Al-Obaidly, também recebeu acusações preliminares de corrupção, enquanto Lamine Diack, ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), é suspeito de "corrupção passiva" no mesmo caso.

ENTENDA O CASO

De acordo com o advogado de Al-Obaidly, o caso se concentra em documentos que mostram que um ex-membro da IAAF recebeu dois pagamentos de US$ 3,5 milhões (aproximadamente R$ 14,1 milhões) de investidores do Catar antes da votação da sede do Mundial de 2017. O Catar acabou perdendo para Londres, mas depois foi premiado com o Mundial de 2019. O campeonato será realizados em Doha, de 27 de setembro a 6 de outubro.

Os dois pagamentos da Oryx Qatar Sports Investments, um fundo de investimento ligado ao governo do Catar, foram feitos para a Pamodzi Sports Marketing em outubro e novembro de 2011, dias antes da votação.

Os representantes da Al-Obaidly dizem que os pagamentos feitos pela Oryx ao agente nomeado pela IAAF foram transparentes e faziam parte do processo de definição da sede. A Oryx aceitou pagar US$ 32,5 milhões (R$ 131,3 milhões) pelos direitos comerciais do evento, incluindo os US$ 3,5 milhões pagos a Pamodzi como depósito não reembolsável. O valor total seria pago somente se a oferta do Catar tivesse sido bem-sucedida.

A Pamodzi foi fundada por um dos filhos de Diack, Papa Massata Diack. Ex-consultor de marketing da IAAF, ele foi banido pela acusação de ter extorquido em centenas de milhares de dólares de um maratonista russo para evitar a sua suspensão por doping antes da Olimpíada de 2012.

Em outro caso, autoridades brasileiras e francesas estão tentando descobrir se Lamine Diack e seu filho tiveram participação na organização do pagamento de supostos subornos para ajudar o Rio a obter o direito de sediar a Olimpíada de 2016. Diack, que dirigiu a IAAF de 1999 a 2015, também foi acusado de encobrir testes positivos de atletas russos em exames antidoping em troca de dinheiro.

Al-Khelaifi é membro do comitê executivo da Uefa, representando os clubes europeus, e está previsto para participar da reunião do órgão nesta quarta-feira em Baku, no Azerbaijão.

Ele foi selecionado como delegado pelos clubes e confirmado pelas federações filiadas à Uefa em fevereiro, apesar de ser alvo de processo criminal por suborno na Suíça desde 2017. O executivo de é suspeito de pagamento de suborno para ajudar a garantir os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030 no Oriente Médio para a beIN Sports.

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