A esperança dos jogadores do Náutico está chegando ao fim. A cada dia que passa está mais difícil o elenco alvirrubro esperar da diretoria por uma solução dos atrasos salariais. Mais experiente do grupo timbu, o atacante Anselmo, de 36 anos, detonou a antiga direção de futebol do clube e revelou que os atletas eram iludidos com promessas que nunca se cumpriram.
O atacante Anselmo comentou sobre as saídas de Dudu e Giovanni, além da difícil situação financeira do @nauticope. pic.twitter.com/ysDf20JhEi— Jornal do Commercio (@jc_pe) 4 de maio de 2017
"Estou ouvindo essa frase 'nos dê um voto de confiança' tem dois meses e meio. No meu caso há quatro meses agora. A gente tem esperança que essa bendita sexta-feira se cumpra, porque desde que começaram os atrasos, as conversas são de que na próxima sexta está na conta. Está virando um dilema essa tal de sexta-feira. Espero que o mundo não se acabe numa quinta-feira", ironizou Anselmo.
O centroavante timbu fez questão de esclarecer algumas situações colocadas pela antiga diretoria de futebol do clube que chatearam bastante o elenco alvirrubro. "Eles distorceram muitas coisas. Essa questão de não concentrar foi conversado entre nós jogadores que enquanto não resolvesse esse lado financeiro, o grupo não iria concentrar. Criamos um vínculo de responsabilidade entre nós e a antiga diretoria veio aqui (na sala de imprensa) dizendo que eles que tiraram a concentração. Mentira. Fomos nós", disparou Anselmo. "Também criamos outro pacto de ninguém dar entrevista para evitar qualquer tipo de polêmica, porque estávamos todos no limite e alguém poderia explodir e acabar colocando para fora coisas que a gente deveria resolver aqui dentro. Mais uma vez os outros diretores disseram que eles proibiram a gente de dar entrevista. Queremos trabalhar com a verdade", contou o camisa 9.
Anselmo ainda relatou duas experiências dentro do clube que mexeram bastante com ele. "Tiveram dois dias que pisei aqui no Náutico e que não queria estar aqui dentro. Queria ir embora o mais rápido possível. Porque sentei pra tomar café da manhã antes de um treino e peguei um funcionário chorando porque não tinha de onde tirar dinheiro para pagar as contas. Alguns falando que ou pagava a conta ou comia. Isso não é ambiente para a gente estar vivendo no futebol e tendo 100% de foco só no campo", lamentou.