Há cinco jogos no comando do Náutico nesta temporada, o técnico Roberto Fernandes tem mudado a cabeça e o futebol dos jogadores. Sem nenhum reforço ter chegado, ele conseguiu transformar o Timbu em um time competitivo dentro e fora de casa. Com o novo treinador, a defesa alvirrubra ganhou estabilidade e sofreu apenas dois gols, ambos fora de casa. Por outro lado, o ataque tem uma média de menos de um gol por partida, tendo balançado as redes apenas quatro vezes. Um número baixo, que se torna eficiente porque significou três vitórias - diante de Luverdense, Figueirense e Brasil de Pelotas.
“Roberto (Fernandes) trabalha muito a linha de quatro da defesa, se preocupa bastante para o time não levar gol. Porque time que não sofre, não perde. Por isso, ele (Roberto Fernandes) quer aperfeiçoar a defesa para não sofrer gol, o ataque fazer e ganharmos os jogos”, afirmou o lateral-direito Joazi.
Antes da chegada de Roberto Fernandes, permanecer na Série B era tratado como um sonho quase impossível. Hoje, com apenas cinco pontos para fora da zona de rebaixamento, o Náutico precisa aproveitar o bom momento e conquistar a primeira vitória com o atual treinador fora de casa para se aproximar ainda mais do pelotão intermediário.
O próximo desafio será diante do Oeste, sábado, em São Paulo. Para isso, o ataque precisa fazer gols, o que ainda não fez com o técnico. “Trabalhando a gente consegue as coisas. Eu sei que é difícil esse tempo que a gente está passando na zona de rebaixamento, pois as coisas estão afunilando e sabemos que não podemos deixar as oportunidades passarem. A gente quer ganhar fora de casa e dentro também. Não podemos mais perder porque restam poucos jogos. Antes tinham 30 jogos, agora só tem 15. Não podemos vacilar”, disse o camisa dois alvirrubro.
Esta é a quarta passagem de Roberto Fernandes pelo Náutico. Na última, em 2010, também precisou salvar o Timbu do rebaixamento para Série C, porém em situação mais confortável. Nas outras, em 2007 e 2008 garantiu o Timbu no Brasileirão quando a equipe estava desacreditada. Com um time vivendo o melhor momento desde o início da Segunda Divisão, os jogadores estão confiantes no trabalho.
“Não atuei com o Beto (Campos) porque me machuquei e não consegui jogar na passagem dele por aqui. Roberto tem um estilo moderno, inteligente, que gosta de muita intensidade, cobra muito e vem botando qualidade no nosso time. Estamos criando força e trabalhando para a gente sair dessa situação. Ele (Roberto Fernandes) é um cara que viveu muito isso”, contou Joazi.