A vitória do Náutico por 2x0 em cima do Boa Esporte, no último sábado, em Caruaru, teve um gosto especial para o goleiro Jeferson. Além de comemorar a conquista alvirrubra após três derrotas seguidas (Oeste, Internacional e Paraná), ele defendeu um pênalti e sacramentou a boa fase com a camisa um do Timbu. Aos 24 anos, o arqueiro assumiu a titularidade na 19ª rodada da Série B diante do Luverdense após a saída de Tiago Cardoso. Desde então, foram nove jogos e sete gols sofridos.
Acho que a desconfiança pode existir na cabeça do torcedor, de qualquer outra pessoa, mas na minha sempre foi na confiança de poder buscar meus espaço e me firmar de uma vez com a camisa número um do Náutico. Trabalho muito tranquilo. Espero ajudar o time e poder construir um começo consolidado na minha carreira para alcançar um patamar melhor lá na frente”, afirmou o goleiro alvirrubro.
Oriundo das categorias de base do Náutico, o pênalti defendido diante do Boa Esporte foi o primeiro de Jeferson na equipe principal. Mérito que ele se mostrou bastante maduro ao dividir com os companheiros. “Para mim, foi um momento de muita felicidade poder ajudar a equipe naquele momento da partida, mas não só pelo pênalti. Tivemos ajuda dos nossos companheiros também. Aislan afastou a bola depois da cobrança, por exemplo”, disse o camisa um.
Antes de virar profissional, Jeferson já convivia com o brilho de defender as penalidades. Quando ainda estava no time sub-20 do Porto, de Caruaru, defendeu dois pênaltis em um jogo contra o Santa Cruz, no Arruda, e ganhou o apelido de “Magrão”, em referência ao goleiro do Sport, ótimo defensor de pênaltis. Fama que continuou quando chegou nas categorias de base do Náutico.
“Tenho muita coisa a trilhar para chegar onde ele (Magrão) chegou, mas não posso negar que é uma inspiração. Tenho certeza que não só para mim, mas para todo jovem que sonha em ser goleiro. Se esse apelido trouxer mais pênaltis defendidos, que seja bem-vindo (risos)”, comentou o arqueiro. “Agora, só Jeferson. Cada um precisa criar a sua identidade, né?”, brincou.