Três anos e 18 dias, ou 1.114 dias, separaram a demissão de Gilmar Dal Pozzo do comando do Náutico em 2016 de sua reestreia em 2019. O último jogo da primeira passagem e o primeiro da nova chance têm algo em comum: ambos foram decisões. De diferente, os resultados. Se na ocasião anterior a eliminação lhe custou o cargo, agora chega a rendição.
“Eu vou falar em sentimento. Eu tive interrompido um trabalho no Náutico, por uma desclassificação em 2016, perdemos para o Santa Cruz em um momento em que eles estavam com um time muito bom, em ascensão e fiquei muito chateado. Confesso que fiquei muito chateado, porque foi uma eliminação normal, onde o adversário esteve melhor e interrompeu todo um trabalho e um sequência de carreira minha também”, lembrou o técnico.
Aquela semifinal do Campeonato Pernambucano ficou marcada para Dal Pozzo. Assim como, agora, ficará a garantia de uma vaga e calendário para o Náutico na temporada 2020, com a Copa do Nordeste já definida. Mas, ao relembrar o passado, o comandante alvirrubro admite que acreditava na continuidade de seu trabalho. Em 2015, sob seu comando, o time ficou em 5º lugar da Série B, muito perto do acesso. O mesmo aconteceu no ano seguinte.
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“Eu não tenho dúvida que em 2016 se eu tivesse continuado a equipe iria subir de divisão, não tenho a menor dúvida. Então Papai do céu às vezes tira algumas coisas, a gente questiona porque ele tira, a gente falha como ser humano e dois, ou três anos depois Ele te dá a resposta”, emendou Dal Pozzo.
O técnico se vale da humildade ao afirmar que a atual conquista não é fruto de seu trabalho, já que fez apenas um treino com a equipe. Mas a classificação tem um gosto bom. “Foi uma conquista que Papai do céu acabou dando para mim e para todos. Então, é um sentimento muito verdadeiro, estou recebendo de volta uma classificação que lá trás foi interrompida”, completou.