Em 1967, quando decidiu a Taça Brasil com o Palmeiras, o Náutico tinha craques como Salomão e Ivan num meio de campo poderoso. Miruca, Ladeira, Nino e Lala na frente. E uma defesa que já começava com Lula Monstrinho no gol, cercado por Gena, Mauro, Fraga e Clóvis. Timaço. Vinte e um anos depois, a final da Série B contava com jogadores como Levi, Lúcio Surubim, Erasmo, Augusto, Nivaldo, Newton e o artilheiro Bizu. Base da equipe campeã estadual no ano seguinte. Nas duas oportunidades, o título não veio. Neste domingo (06), diante do Sampaio Corrêa, a terceira chance de levantar uma taça nacional. E mesmo sendo de uma Terceira Divisão tem seu valor.
Mais que a primeira conquista após a recuperação dos Aflitos, o troféu da Série C marcaria a reestruturação do clube. Ainda cheio de dívidas e com potencial de investimento bem limitado. Mas organizado. Ciente de suas obrigações e aspirações. E, claro, coroando um bom trabalho de garimpo interno. Formando e dando condições a garotos criados na base. Como ocorreu com os times de 67 e 88.
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Vantagem gigante
Quando se abre dois gols de diferença, é natural certo relaxamento. Assim como tentativa de reação por parte de quem está perdendo. O Sampaio Corrêa está ciente disso. E o Náutico precisa estar também. Sabendo que tem vantagem gigante. Mas que não pode se dar ao luxo de se debruçar sobre ela.
Visitante...
Em 11 jogos como visitante nesta Série C, o Náutico perdeu cinco vezes. Três delas por dois gols de diferença (Imperatriz, Globo e ABC). Mas venceu quatro e empatou duas. Retrospecto razoável.
... Incômodo
Levando-se em consideração duelos em mata-matas, no entanto, o aproveitamento timbu é positivo. Com duas vitórias (Pernambucano e Copa do Nordeste), dois empates (Copa do Brasil) e duas derrotas (Série C e NE).