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Título do Náutico aguardado por gerações de alvirrubros

O Timbu tem a chance de conquistar seu primeiro título nacional diante do Sampaio Corrêa

Karoline Albuquerque
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Karoline Albuquerque
Publicado em 06/10/2019 às 12:04
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
O Timbu tem a chance de conquistar seu primeiro título nacional diante do Sampaio Corrêa - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Memórias podem ser ativadas de diversos modos e observar cores é um deles. Ao visualizar o vermelho e o branco juntos, já cantada como a “união de duas cores mágicas”, a sensação de pertencimento toma os torcedores do Náutico. Do mais velho, à mais nova.

Aos 35 anos, o alvirrubro Luciano Machado sabe bem o que o fez torcer pelo time: o incentivo do avô Antônio da Silva. Algo que ele pretende passar para Clara, de apenas 8 meses. “Um dos grandes legados que meu avô deixou foi a paixão pelo Náutico. Essa paixão eu vou passar de geração em geração”, garante.

Se Clara começa a criar seu laço com o Náutico, Henrique Leicht tem muito a contar sobre o Timbu em 76 anos de vida. Hiperbólico, o conselheiro diz ter praticamente nascido e se criado dentro do clube. E por ter morado no bairro dos Aflitos, a casa alvirrubra faz parte das lembranças. O recente acesso à Série B do Campeonato Brasileiro é a mais nova delas. “O título tenho quase certeza. Vai dar vermelho e branco na cabeça, a comemoração vai ultrapassar tudo. Essa volta foi importantíssima”, enfatiza.

Henrique é um dos torcedores que guarda na memória a primeira final do Timbu em uma competição nacional, no longínquo ano de 1967. Já os adolescentes Leonardo Vieira, 17 anos, e Gabriel Freitas, 16 anos, têm a primeira oportunidade de ver o time do coração em busca de um título nacional.

Apesar da pouca idade, Leonardo quer que um novo triunfo sobre o Sampaio Corrêa, na final da Série C, traga de volta tempos áureos, vistos por Henrique. “O acesso é o primeiro passo que o time dá para voltar à grandeza que tinha na década de 1960. Com um possível título nacional, vai que a gente consegue ganhar títulos maiores a partir desse”, ponderou.

No “meio” do caminho entre os primeiros passos de Clara e o imenso repertório de Henrique, os adolescentes têm uma relação consolidada com o Náutico. Leandro passou a acompanhar o pai nos jogos. Já Gabriel teve justamente as cores como primeiros laços afetivos. “Quando eu assistia os jogos pela televisão, sempre via aquele time jogando de vermelho e branco nos Aflitos. Eu achava a torcida muito interessante, mas eu não torcia para o Náutico quando comecei a gostar de futebol”, lembrou.

A espera pelo título de todos os torcedores agora abre mais um desejo, além de guardar na memória: coroar a retomada alvirrubra. E, com o alívio do acesso, Luciano vê antes lamentada queda como algo importante, mesmo que pareça loucura. “O momento para se estruturar de forma coerente, com os pés no chão. Importante para se fortalecer e chegar na Série B de uma forma mais estruturada, mais forte para que consiga o acesso na Série A. Tem que crescer de forma salutar para que consiga colher… para que a gente não, para que ela consiga colher bons frutos futuramente com o Náutico entre os grandes do Brasil”, pontua o torcedor alvirrubro, com Clara no colo. Um título para que a tão jovem torcedora possa ver mais troféus erguidos no Náutico enquanto forma suas lembranças.

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