O imbróglio judicial entre o Náutico e o técnico Milton Cruz, juntamente com o seu auxiliar Ivan Izzo, ganha novos capítulos. Com o prazo para responder à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) encerrado na última sexta-feira (25), os advogados do treinador aceitaram parcelar o recebimento dos pouco mais de R$ 300 mil da dívida que o Alvirrubro possui com seus clientes.
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Porém, a proposta é de que o montante seja pago em quatro vezes, algo que ainda foge do patamar que o clube pernambucano poderia arcar, já que não possui esse valor em caixa. Desta maneira, o jurídico do Náutico tem se articulado para ir até o CNRD e negociar a forma de pagamento. O intuito do Timbu é de manter as 30 parcelas do acordo inicial. Porém, deixando ainda a abertura para se encontrar um denominador comum entre as duas propostas, cabendo assim no orçamento do Náutico.
RELEMBRE O CASO
Milton Cruz e Ivan Izzo passaram pelo Náutico em 2017, ficando no clube entre fevereiro e maio daquele ano. Passando por grave crise financeira, o Timbu rescindiu com o treinador e seu auxiliar, e eles deixaram o clube com salários a receber e o colocou na Justiça. Com o atraso nos pagamentos por cerca de três meses, os advogados do técnico solicitaram punição com base no regulamento da CBF.
Com isso, desde agosto o Alvirrubro está proibido de registrar novos jogadores. O time Sub-15 tem jogado com apenas 10 atletas, o Sub-20 tem jogadores que treinam mas não podem atuar, e que também não conseguiram ser inscritos para a disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior. O pagamento foi regularizado e o Timbu tenta renegociar a dívida para reverter a punição sofrida.