Alvirrubro

Aumento de receita não mudará austeridade do Náutico em 2020

Atual gestão tem buscado melhorar a saúde financeira do Timbu, que possui um passivo de R$ 284 milhões

Klisman Gama
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Klisman Gama
Publicado em 28/10/2019 às 7:36
Foto: Léo Lemos/Náutico
Atual gestão tem buscado melhorar a saúde financeira do Timbu, que possui um passivo de R$ 284 milhões - FOTO: Foto: Léo Lemos/Náutico
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O torcedor do Náutico que costuma acompanhar as notícias do seu clube no dia a dia, já deve ter ouvido ou lido algumas vezes a palavra ‘austeridade’ em entrevistas dos mandatários do Timbu. Esta é uma das palavras de ordem da atual gestão. O presidente Edno Melo, sempre que possível, enfatiza o discurso em prol da saúde financeira do Náutico. E não é para menos. O Alvirrubro possui, de acordo com o último balanço financeiro - relativo a 2018 -, um passivo de R$ 284 milhões. Valor exorbitante para um clube que faturou R$ 16 milhões na mesma temporada do demonstrativo.

Para tentar arrumar este grande problema, foi preciso enxugar gastos ao máximo. Otimizar as funções dentro do clube e gerar novas fontes de receita. O foco nas divisões de base foi um dos principais e várias negociações já foram feitas no período. Só em 2019, já foram R$ 3,5 milhões adquiridos com vendas de atletas e percentuais de outras transferências. A captação de recursos foi algo que, na visão do mandatário, foi aprimorado ao longo desses quase dois anos.

“Quando a gente começou a gestão, uma das maneiras primordiais para gerar receita foi cortar despesas, e depois captar novas receitas, sejam elas com patrocinadores, cotas de televisão nos avanços dos campeonatos ou com nossos ativos, que são os atletas da base, Quando você consegue visualizar onde você pode buscar receita e consegue dar um olhar mais apurado para essas fontes, você consegue captar um pouco”, comentou o presidente do Náutico, Edno Melo.

ORÇAMENTO PARA 2020

Por enquanto, a direção alvirrubra evita estimar com quanto milhões o clube deve trabalhar na próxima temporada. O que se sabe é que há um valor base, mas mutável. Tanto para mais, quanto para menos. Tirando como referência o último balanço, com o valor de R$ 16 milhões, o 2020 do Náutico deverá ter um orçamento acima dos 20 milhões, já com o incremento da cota da Série B.

“Esses valores vão aumentando ao decorrer do ano, mas também podem ser diminuídos, caso sejamos surpreendidos com alguma ação trabalhista que mexa um pouco com o orçamento do clube. Mas acredito que vai ter um aumento real, em torno de seis a sete milhões de reais nos cofres do clube, e isso vai ser revertido para dar uma estrutura melhor ao futebol, ao associado, e quem sabe até uma condição melhor para o acesso à Série A”, acrescentou.

Cotas por avanço de fase em competições como a Copa do Nordeste e Copa do Brasil, além da venda de atletas, são valores que não entram nesta conta. Diferentemente de algumas práticas de clubes brasileiros, a direção prefere orçar uma quantia mínima, que crescerá com essas receitas que poderão vir. Incluindo a venda de atletas da base, que está nos planos do Náutico. 

“A gente ainda tem algumas cotas pendentes, tem patrocinador master pendente, algumas negociações de atleta pendentes. A gente começou esse ano e não tinha a receita certa do Luiz Henrique, mas a gente o vendeu e incrementou o caixa do clube. E assim pode ser em 2020. Pode ser que a gente consiga vender um ou dois jogadores da base e que a gente possa dar um incremento nesse orçamento”, concluiu Edno Melo.

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