Agora na Cabense, Rosembrick tenta reencontrar rumo na carreira

Rosembrick garante que continua com a mesma magia no futebol
Matheus Cunha
Publicado em 16/09/2017 às 20:42
Rosembrick garante que continua com a mesma magia no futebol Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem


Em 2005, ele formou com Carlinhos Bala uma das duplas mais vitoriosas do passado recente do Santa Cruz. Dois anos depois, com menos brilho, mas sem deixar de botar faixa no peito, repetiu a parceria no Sport. Rosembrick, sem dúvida, já foi um dos principais nomes de Pernambuco no futebol. Mas o tempo passou, o status foi caindo e ele virou um andarilho da bola. Agora, defendendo as cores da Cabense, o “mago da bola” se prepara para a disputa da Série A2 do Campeonato Pernambucano, que começa hoje. Ele será mais um veterano em um torneio que reúne outros nomes rodados do futebol local.

São 38 anos nas costas e 21 clubes no currículo. Natural de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, Rose rodou por alguns times locais (Centro Limoirense e AGA) antes de despontar no Santa Cruz. “Mesmo jogando no Palmeiras e no Sport, o maior clube em que eu joguei foi o Santa”, lembra de maneira saudosa. Foi no Arruda em que ele conquistou, em 2005, o título do Campeonato Pernambucano e o acesso à Série A do Brasileirão pela Cobra Coral. A boa campanha lhe rendeu um convite para atuar no Palmeiras, comandado na época pelo técnico Tite, hoje na seleção brasileira.

Segundo Rose, a relação com o professor era das melhores. Lembrou do tratamento recebido no clube palmeirense e justificou o motivo de não ter dado certo em São Paulo.

“Ele me tratava do mesmo jeito que tratava Edmundo e os outros caras. Eu nunca sofri preconceito por ser nordestino, fui bem recebido pelo grupo. Me dava bem com todos. Não dei certo lá porque não aceitava ser reserva. Só tinha sido titular no Santa Cruz, então não aceitei ficar no banco e vim para o Sport em 2007”, explicou.

Porém, os tempos não são mais os mesmos. O glamour do futebol ficou para trás e o jogador leva a carreira atuando em equipes de menor expressão do cenário nacional. No Cabo de Santo Agostinho, ele não tem mais a estrutura moderna que tinha no Palmeiras. Treina no estádio Gileno de Carli e em um campo particular, no próprio município, onde o clube se esforça para desembolsar R$ 150 a cada dia de atividades no espaço.

62KG

Se o status futebolístico mudou, a forma física continua a mesma. A magreza ainda continua sendo uma fiel companheira do jogador, que pesa 62kg e tem 1,82m. O porte lhe rendeu o apelido de “mago da bola” no seu auge no Arruda. Não só pela estatura, mas também pelas magias feitas com a bola dentro das quatro linhas.

“A magia continua a mesma. Hoje já deu para mostrar um pouco nesse campo pesado. Mas futebol é isso, a gente não esquece, não desaprende. A experiência é que faz você parar de andar mais dentro de campo e procurar os atalhos mais certos”, disse o jogador.

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