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Discussão expondo a diferença na premiação para homens e mulheres no vôlei volta à tona

Um tuíte exibiu a diferença entre as premiações dadas a um jogador e uma jogadora em torneios de vôlei semelhantes e iniciou debate sobre a causa da disparidade dos valores pagos

JC Online
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Publicado em 20/07/2016 às 10:04
Foto: Reprodução/Twitter
Um tuíte exibiu a diferença entre as premiações dadas a um jogador e uma jogadora em torneios de vôlei semelhantes e iniciou debate sobre a causa da disparidade dos valores pagos - FOTO: Foto: Reprodução/Twitter
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Um tuíte publicado no início dessa semana exibindo a diferença entre premiações entregues a um jogador e uma jogadora de vôlei eleitos os melhores em duas competições semelhantes repercutiu nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a causa da disparidade dos valores.

Lado a lado, duas imagens mostraram que enquanto o jogador Marko Ivovi?, campeão do mundial masculino de vôlei com a seleção da Sérvia recebeu US$ 30 mil, a jogadora Natália Pereira, campeã do mundial feminino de vôlei com a seleção do Brasil, foi premiada com a metade do valor, US$ 15 mil.

"Os dois jogaram a mesma quantidade de jogos. Ela e ele, eleitos os melhores jogadores das competições. Reflitam", publicou a autora da publicação no Twitter, que já foi retuitada mais de duas mil vezes.

O questionamento se estendeu para o Facebook e foi republicado por páginas como a Quebrando o Tabu, com mais de 31 mil curtidas.

Alguns usuários afirmaram que não há justificativa para a diferença dos valores dos prêmios além do machismo. "É uma daquelas imagens que valem mais que mil palavras. Por mais que tentem explicar ou justificar, e vão tentar, não há o que se discutir. Mulheres são desvalorizadas em todos os setores, exceto naqueles que enfatizam os corpos, como a indústria da moda e filmes eróticos, só que isso não é uma vitória, apesar de ser usada por muitos desavisados como tal. Só somos valorizadas pelos nossos corpos e isso têm que mudar, porque somos muito mais que isso", comentou Roberta Guimarães.

"Que preguiça ver a galera falando de demanda, patrocínio, economia...Ignorando o aspecto cultural que afeta os esportes femininos. Vide a atleta Marta, no futebol feminino", comparou Marcela Lacerda.

Outras pessoas argumentaram que a disparidade se explica porque as competições masculinas contam com mais patrocinadores. "Muito simples de refletir. Alguém paga a conta. Sabe como é, tem um patrocinador. Se o patrocinador ganha mais dinheiro com os homens que com as mulheres, ele provavelmente vai gastar mais dinheiro com a propaganda com os homens, pois o retorno é garantido. Patrocinador não é bobo, e o dia que o retorno for melhor com as mulheres, pode saber que o prêmio vai ser maior para elas", afirmou o usuário Ukaraujo Lima. 

"Isso se chama 'procura e demanda'. É a lei mais básica da economia. É o mesmo motivo de uma modelo mulher ganhar 10x mais que um modelo homem", disse André Rodrigues.

Veja a repercussão no Twitter:

A polêmica já havia sido estabelecida quando a seleção brasileira feminina ganhou o Grand Prix 2016 e recebeu um prêmio cinco vezes menor do que o entregue aos campeões da Liga Mundial de Vôlei. O valor dado à delegação foi de US$ 200 mil, enquanto o prêmio campeões da Liga Mundial de Vôlei é de US$ 1 milhão.

Em entrevista ao programa Globo Esporte, a meio-de-rede da seleção, Thaísa Marques, mostrou-se revoltada com a diferença. "É um absurdo. Acho que o vôlei feminino é tão espetáculo quanto o masculino", disse.

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