Enfim, a espera acabou. Chega a hora da 28ª edição da Regata Internacional Recife - Fernando de Noronha (REFENO), que acontece neste sábado (24), com largada às 12h, do Marco Zero do Recife. Cinquenta e três barcos inscritos buscam chegar ao arquipélago no menor tempo possível e levar o troféu Fita Azul.
A categoria com mais representantes é a classe Aberta, que conta com 17 inscritos. O segundo maior número de participantes é na classe RGS, que terá dez barcos, sendo quatro deles do Estado de Pernambuco.
A prova, que foi criada em 1986, é considerada a primeira regata oceânica do Brasil, e uma das cinco mais importantes do país. Seu percurso total é de 298 milhas náuticas, cerca de 545 quilômetros do Marco Zero do Recife até a praia do Boldró, em Noronha.
O atual campeão é o monocasco Camiranga-RS, com dois títulos em três edições disputadas. Em 2015, os gaúchos atingiram a linha de chegada em 20h26min37, quebrando o recorde da sua categoria.
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AMOR À VELA
Nesta edição, a Refeno contará pela primeira vez com a participação do italiano Giambattista Giannoccaro. Ele deixou seu país de origem seguindo viagem oceânica com sua esposa Valentina Zotta e é comandante do barco francês Angelique II, que entrou para a história da vela por ser o primeiro catamarã a chegar no Círculo Polar Antártico.
"Tudo começou em 2012 e nossa jornada nunca termina. Saímos da Europa no ano seguinte, passamos um ano velejando no Caribe e fomos ao Panamá até chegar à Patagônia Chilena em março de 2015, onde encontramos o Círculo Polar Antártico", disse Giambattista, comandante do Angelique II.
Há cinco anos longe da Itália, Giambattista e Valentina já percorreram cerca de 42 mil milhas náuticas, aproximadamente 68 mil quilômetros. Em Pernambuco, o velejador revelou seu segredo. "Nós sabíamos que esta regata é uma das mais importantes do Brasil. Tanto eu quanto minha esposa tínhamos muita vontade de conhecer Noronha”, completou.