A edição de 2017 do Troféu Maria Lenk reunirá apenas 297 nadadores (175 homens, 122 mulheres), o menor número de competidores nos últimos 18 anos. A quantidade de atletas inscritos pode ser uma resposta à crise encarada pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). No início de abril, a cúpula da entidade, incluindo o ex-presidente Coaracy Nunes, foi presa por desvio de dinheiro público. Além disso, no início do ano a CBDA perdeu boa parte do investimento de seu principal patrocinador, os Correios.
Essas mudanças afetam diretamente o rendimento e investimento repassado para os nadadores. Por exemplo, a entidade foi forçada a reduzir o número de vagas para o Mundial de Budapeste. Este ano, o Brasil será representado por apenas oito competidores, número bastante inferior comparado aos 25 que viajaram para Kazan-2015.
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AUSÊNCIA DE COARACY
O cenário delicado eleva o nível técnico e competitivo no Maria Lenk. Esta edição será a primeira realizada sem a presença de Coaracy, que liderou a gestão da CBDA nos últimos 29 anos. Para a pernambucana Joanna Maranhão, a ausência do ex-dirigente oferece mais leveza à competição. “Vai ser mais feliz”, pontuou a veterana, que lidera o movimento de mudança da entidade.
Outro ponto que pode ser interpretado como positivo é a presença dos principais nomes da natação do País. Como o Maria Lenk configura a última seletiva para o Mundial, nadadores vão elevar o nível do torneio. É sempre uma atração assistir Cesar Cielo na piscina, em alto nível. O campeão olímpico volta a competir no Brasil em suas três especialidades: 50m, 100m livre e 100m borboleta. Nicholas Santos, Thiago Pereira e Bruno Fratus reforçam o time e prometem chegar confiantes em busca do índice técnico para o Mundial de Budapeste.
NÚMERO DE ATLETAS DOS ÚLTIMOS ANOS
2000 -> 619
2005 -> 377
2010 -> 431
2015 -> 350
2017 -> 297