Cesar Cielo, Gustavo Borges e Thiago Pereira, três dos principais nomes da notação brasileira, divulgaram carta aberta sugerindo como a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) deve ser administrada. Recentemente, os principais nomes da entidade foram detidos na Operação Águas Claras da Polícia Federal.
Para construir sua proposta, os nadadores contaram com a ajuda de Sami Arapi, ex-presidente da Confederação Brasileira de Rugby, esporte que foi considerado como detentor de um modelo de gestão exemplar. Grande parte da proposta é baseada, segundo os assinantes dela, em “equidade” e “accontability” (prestação de contas).
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TRANSPARÊNCIA
Uma das principais premissas da proposta é a transparência. Com isso, o estatuto da entidade precisaria ser alterado para impedir que familiares de até 3º grau de parentesco sejam contratados pela CBDA, assim como seria impedido que empresas ligadas aos gestores da confederação não poderiam ser contratadas, entre outras coisas.
Outro pedido feito foi um planejamento a curto, médio e longo prazo. A carta considera longo prazo como projetos para além de dois ciclos olímpicos (oito anos). Além disso, Cielo, Borges e Pereira exigem que haja uma clara separação entre as funções na entidade e a contratação de profissionais no mercado para ocupar cargos na diretoria, de CEO e do resto do staff.
Em resposta , a assessoria de imprensa da CBDA informou que: “o coordenador técnico, Ricardo Prado, e o administrador provisório, Dr. Gustavo Licks, disseram que ainda não tiveram oportunidade de analisar as propostas. No entanto, entendem que qualquer sugestão para melhorar a prática de governança é positiva. Os objetivos, segundo disseram, são os mesmos de todos os que seguem na entidade: preservar o legado vitorioso dos esportes aquáticos e torná-lo ainda melhor”.
Carta aberta
Depois de reuniões, conversas com pessoas da comunidade aquática e pessoas da área de administração com experiência em confederações, apresento à todos, o modelo de gestão que pode dar à natação e à CBDA um futuro promissor.
Está claro que necessitamos de mudanças, porém necessitamos de mudanças que tragam frutos para o nosso esporte, para o nosso país e população. Não somente à curto prazo, mas à médio e longo também.
Juntamente com Gustavo Borges, Thiago Pereira e com a ajuda de Sami Arapi, ex-presidente da Confederação de Rugby, chegamos a um modelo de governança que consideramos ideal para um futuro bem sucedido da nossa confederação.
O documento é objetivo e com foco na construção de um conselho administrativo e consultivo, juntamente com um CEO.
Essa estruturação é o caminho para construirmos um futuro sólido.
Eu, veementemente, acredito que essa governança seja o nosso primeiro importante passo para nos tornarmos um confederação mais profissional e ética, trabalhando com transparência e com um modelo moderno e eficiente.