Fundamento que todo clube quer ter bons batedores, as bolas paradas têm sido um trunfo no Santa Cruz na Era Vinícius Eutrópio. Até agora, o time marcou sete gols com esse artifício, sejam em faltas ou em pênaltis. O grande destaque até o momento é o zagueiro Anderson Salles, com três gols no quesito. Mas, no último domingo (26), outro jogador roubou a cena. Pereira, estreando com a camisa da Cobra Coral, fez o tento de empate na contra o Sport de falta. Concorrência sadia à vista no Arruda.
“Acho que vai ser bom pro Santa Cruz, que tem grandes batedores, como eu, Pereira e Léo Costa. Quem tem a ganhar com isso é o clube. O dia que um não estiver bem, o outro pode resolver. O pepino vai ficar para os goleiros adversários”, explicou o zagueiro Anderson Salles, em entrevista ao JC e ao Replay, da TV Jornal.
Rasgando elogios para o “professor” Salles, o meia Pereira se disse feliz com a estreia no Santa Cruz. E que espera ajudar mais o clube no futuro. “Em todos os clubes que passei, era um dos batedores. Ontem (anteontem), o professor não estava no campo e sobrou para eu bater aquela bola. Fui feliz e pude ajudar o Santa Cruz. Agora é tentar dar sequência no trabalho para melhorar cada dia mais”, disse Pereira.
Nesta quarta (29), o Tricolor do Arruda terá o primeiro mata-mata pela frente. Em Sergipe, enfrenta o Itabaiana (SE), pelas quartas do Nordestão. Em jogo decisivo, a bola parada pode fazer ainda mais diferença. “Lá o campo é de dimensões menores, e qualquer falta para frente do meio de campo já leva um perigo pro gol adversário, tanto batendo direto quanto colocando a bola na área. A gente vai procurar explorar bastante esse quesito”, explicou Salles.
Com bom humor, no final da entrevista, os dois ensaiaram até começar uma aposta sobre quem vai fazer mais gols de bola parada em 2017. “Vamos ver se conseguimos fazer isso. Vai ser bom porque um não vai querer perder pro outro. E isso vai ajudar o Santa Cruz”, afirmou Anderson. Na mesma hora, Pereira também topou o desafio, mas com uma condição. “Só aceito se ele me der uns gols de vantagem (risos). Não tem como competir com ele”, finalizou o meia coral.