Com apenas uma vitória nos últimos 15 jogos, o Santa Cruz vive um roteiro ingrato na Série B. Desde a Era Givanildo Oliveira, três etapas insistem em se repetir na Cobra Coral. Do começo animador com novo comandante, passando pelo jejum de vitórias até a queda na tabela, o Tricolor vem se afundando no Z-4 e chegando cada vez mais perto da temida volta pra Série C.
As datas 7 de julho e 15 de setembro são os marcos da primeira fase do roteiro. No primeiro, a estreia de Givanildo Oliveira foi um arrasador 3x0 contra o Brasil de Pelotas, na Arena de Pernambuco. Com jeito simples, Giva passou cinco jogos sem perder na sua volta. Já o segundo marcou o retorno de Martelotte ao Arruda, com o mesmo placar ante o Goiás. No caso dele, quatro partidas sem derrota. Nas duas ocasiões, o futebol apresentado deu a entender que o Santa finalmente ia arrancar na Série B. Não foi o que aconteceu.
E as derrocadas começaram pelas falhas do sistema defensivo. Nos últimos jogos de Givanildo, 14 gols sofridos e seis derrotas seguidas, que culminaram com a demissão dele. Já Martelotte, nas quatro últimas partidas, viu o Santa tomar sete gols e perder três duelos.
“Isso me incomoda todo dia. Sou zagueiro e converso sobre isso sempre com Julio Cesar, Salles e Sandro. É inaceitável levar gol todo jogo. Mas isso também faz parte do futebol. Se fizermos três e levarmos dois, acho que vão valorizar mais a vitória do que os gols sofridos. Nesse momento, é preciso evitar os erros individuais. O primeiro passo para reagir é ir ligado defensivamente para passar confiança pro time buscar as vitórias”, afirmou o zagueiro Guilherme Mattis.
Com a fragilidade da defesa, não demorou para as derrotas acontecerem e o time despencar na tabela. Após os cinco jogos de invencibilidade de Givanildo, o Santa Cruz chegou a ser 8º colocado na Série B. Na derrota para o CRB, a última com Giva no comando, o time chegou ao 18º lugar na tabela. Com Martelotte, as quatro partidas sem perder fizeram a equipe sair do Z-4. Agora, o time voltou ao 18º posto, cinco pontos atrás do Guarani, o último fora da zona de rebaixamento.
“Infelizmente, a fase não é boa mesmo. Mas não desistimos. A luta continua. O jogo que fizemos na terça (empate em 2x2 contra o Oeste), dá esperança. Quase saímos com a vitória. Os outros resultados ajudaram e a distância (pro Guarani) continua a mesma. Sábado (amanhã, contra o Brasil de Pelotas) é uma grande oportunidade da gente dar a volta por cima”, explicou Mattis.