Principal contratação do Santa Cruz na temporada, a ausência do volante Carlinhos Paraíba na eliminação diante do Operário, nas quartas de final da Série C do Campeonato Brasileiro, foi sentida. Ele viajou com a delegação e utilização estava sendo esperada, principalmente porque jogou como titular no primeiro jogo no Arruda. Segundo o técnico Roberto Fernandes, ele não optou pelo experiente jogador porque não estava em condições ideais.
"Não era o jogo para tentar colocar um jogador e ele com cinco minutos sair. Por isso, não colocamos Carlinhos (Paraíba)", afirmou o treinador, em entrevista à Rádio CBN. Vale lembrar que o Santa Cruz só realizou duas substituições no jogo contra o Operário, em Ponta Grossa, no Paraná.
No entanto, o vice-presidente médico do Santa Cruz, Antônio Mário, que viajou com a delegação, explicou que Paraíba estava liberado. Além disso, contou que o volante treinou normalmente um dia antes da decisão, no estádio Couto Pereira, na capital paranaense. Carlinhos apresentou um cansaço muscular durante a semana, porém, nada que atrapalhasse o aproveitamento.
"Ele treinou normalmente no sábado em Curitiba, fez todas as movimentações por cerca de uma hora. Foi opção do treinador não usar. Ele teve um desconforto muscular durante a semana, mas trabalhou normalmente", disse o médico coral.
Carlinhos Paraíba desembarcou no Arruda para a segunda passagem por meio do projeto "Camisa 12", que financiou parte da contratação junto a torcida. Ele disputou apenas 13 partidas, e dessas, duas pela Série C e 11 pela Copa do Nordeste. Nesse período, o protagonismo esperado pelo jogador não foi tão visto.
Além das atuações abaixo do esperado, ele apareceu nas entrevistas coletivas apenas duas vezes, contando com a apresentação. Outro ponto que atrapalhou o volante no Santa Cruz foi a questão clínica. Paraíba sofreu um estiramento grau dois na coxa direita, contra o Náutico, na 10ª rodada da Série C, e passou um longo tempo no departamento médico.
Roberto Fernandes também comentou a questionada entrada do atacante Augusto no segundo tempo da partida de volta contra o Operário. Na visão do técnico, era o jogador, das peças estavam disponíveis, que mais poderia melhorar o ataque coral. Ele salientou que, se fizesse uma alteração defensiva, iria receber crítica.
"A entrada do Augusto era a mais coerente. Geovani estava sem jogar, Leandro teve chance e não embalou, quem eu teria para colocar uma opção mais ofensiva e fazer algo diferente?", explicou o treinador. "Se o Santa Cruz vai para o empate e perde nos pênaltis seria falado que Roberto (Fernandes) aceitou a derrota", completou.