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Acordo polêmico, mas justificado por Santa Cruz e Náutico

Santa Cruz e Náutico dividiram a cota da terceira fase da Copa do Brasil

Davi Saboya
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Davi Saboya
Publicado em 22/02/2019 às 7:32
Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem
Santa Cruz e Náutico dividiram a cota da terceira fase da Copa do Brasil - FOTO: Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem
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A divisão da cota da terceira fase da Copa do Brasil (60% de R$ 1,45 milhão para o vencedor e os 40% restantes para o perdedor) entre Santa Cruz (R$ 870 mil) e Náutico (R$ 580 mil) pegou todos os envolvidos no “jogo do milhão” de surpresa. Principalmente os tricolores, que comemoraram a classificação e fizeram a festa, na última quarta-feira, no Arruda. A primeira impressão que passou foi de alento ao derrotado, no caso, o alvirrubro, e prejuízo para quem triunfou, o tricolor.

Porém, depois das explicações dos presidentes, o acordo incomum entre os rivais se transformou em sinal de precaução financeira e aproximação entre as diretorias. Ainda mais depois do pedido de torcida única no primeiro encontro do ano entre os times, pela Copa do Nordeste, nos Aflitos, por parte dos mandantes.

Com a decisão, Constantino Júnior (presidente do Santa Cruz) e Edno Melo (mandatário do Náutico) abateram parte da grande dívida de ambos os clubes na Justiça do Trabalho. Esse que é um dos grandes calos financeiros de Santa Cruz e Náutico, principalmente por seguirem antigo acordo de repassar 20% da receita para quitação de débitos trabalhistas. Os acordos estão concentrados na 12ª Vara do Trabalho. Quando o trato não é cumprido, novas receitas são bloqueadas.

JUSTIFICATIVAS 

Tininho, como é mais conhecido o mandatário tricolor, explicou que entende as críticas da torcida, mas essa foi uma decisão de gestor pensando nos benefícios para o Tricolor do Arruda. “Não posso pensar como torcedor. A torcida está chateada porque não teve como ser informada antes. Ainda mais porque a gente passou (se classificou). Fizemos uma coisa homologada pela Justiça do Trabalho para terminar de pagar processos e evitar bloqueios”, declarou o presidente tricolor.

Constantino Júnior também lembrou que o Santa Cruz poderia ter perdido. “Não foi decidido em mesa de bar. Imagina se aquela bola na trave no final do jogo entra? Em partida única, tudo pode acontecer no futebol. Teremos a chance para ganhar quase R$ 2 milhões na próxima fase (contra o vencedor de Moto Club e ABC)”, afirmou.

O presidente alvirrubro Edno Melo reiterou a legalidade do acordo. “Foi uma orientação jurídica. Isso tudo foi firmado na 12ª Vara do Trabalho. Esse dinheiro é todo bloqueado por ela. Esse acordo foi feito lá, homologado lá. Não foi uma coisa que não tivesse transparência. Tivemos todo o zelo de mostrar toda transparência”, finalizou.

Anteriormente, Santa Cruz e Náutico ganharam na Copa do Brasil as cotas de R$ 525 mil e R$ 625 mil equivalentes a primeira e segunda fases.

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