O Santa Cruz começou a temporada sem priorizar competição, disputando o Estadual, a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil com força máxima, mas o desempenho em campo transformou os corais em um time “copeiro” e que sabe jogar o mata-mata. Eliminado nos pênaltis nas quartas de final do Pernambucano, o time do técnico Leston Júnior soube “levantar a cabeça e dar a volta por cima”. Passou pelo CRB em jogo único pelo Nordestão, num confronto emocionante decidido nas penalidades, e bateu o ABC na terceira fase do torneio nacional depois de perder o primeiro jogo e inverter a vantagem dentro de casa.
Na próxima fase de ambas as Copas, o Tricolor do Arruda não terá vida fácil. No Regional, duela contra o Fortaleza em jogo único pela semifinal, fora de casa, no dia 8 de maio. Já em nível nacional enfrenta o Fluminense – ida no Rio de Janeiro (17/4) e volta (25/4) no Arruda. Duas equipes da Série A do Campeonato Brasileiro, que para conseguir o êxito, os corais precisarão jogar no limite.
Para o volante Charles, o Santa não pode mudar a postura, independente se joga perto ou longe do estádio José do Rego Maciel. Fora, o técnico Leston Júnior tem armado a Cobra Coral com forte postura defensiva e buscando explorar os erros dos adversários utilizando os contra-ataques.
“Onde seja o primeiro jogo (ou único) é preciso ter um desempenho muito bom. Precisamos de consistência em ambas as condições. A defesa tem que se manter forte e não sofrer gols”, afirmou o cabeça de área coral.
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Um dos poucos remanescentes de 2018, Charles frisou que o atual elenco do Santa Cruz apresenta condições de alçar maiores patamares. “Assim como no ano passado temos um grupo forte. O último jogo no final de 2018 foi atípico. Perdemos no último. Nessas duas temporadas, são elencos qualificados. Espero que possamos conquistar mais coisas agora, o que não quer dizer que antes não podíamos”, comentou.
Pela Copa do Nordeste, o Tricolor teve um desempenho positivo na primeira fase, onde o regulamento previa o confronto entre os grupos. As únicas duas derrotas em oito jogos foram para os dos times da elite do futebol brasileiro: Bahia, dentro de casa, e o Ceará, fora, que deixou escapar a vitória nos últimos minutos. Além disso, somou três vitórias e três empates. Um sinal de que não é um time fácil de ser batido.
Na Copa do Brasil só tem apenas uma derrota por 1x0, em partida contra o ABC, onde desperdiçou chances claras de gols. Na primeira fase, venceu por 2x1 com facilidade o frágil Sinop, no Mato Grosso. Depois, empatou no tempo normal e eliminou o Náutico nos pênaltis.
RETORNO
O bom desempenho em Copas do clube coral também está sendo bom para os cofres. Na Copa do Brasil, briga por mais R$ 2,5 milhões bruto contra o Fluminense, alem de quase R$ 4 milhões bruto que recebeu nas fases anteriores. Pelo Nordestão, faturou aproximadamente R$ 2,5 milhões bruto até o momento. O Santa superou todas as metas iniciais da diretoria em ambos os torneios.