Um dos planejamentos do Santa Cruz em 2020 se trata em seguir utilizando atletas pratas da casa. Se em 2019 surgiram Elias, João Victor e Ítalo Henrique, a ideia é que novos nomes também ganhem oportunidades nesta temporada. Observando os jogadores que vêm da Copa Pernambuco, oriundos do Sub-23 e Sub-20, a direção e comissão técnica têm avaliado constantemente antes de escolher quem irá compor o elenco. E faz parte da característica do treinador em revelar jovens talentos.
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“Ele (Itamar Schulle) vem acompanhando, comentou que tem buscado as informações pela internet e consegue todas elas com os jogadores possíveis. Vamos usar o que temos de melhor, a comissão técnica vai avaliar. Tem uns mais jovens, outros com mais rodagem no profissional. Esses atletas vão ser integrados em um primeiro momento, e o dia a dia vai dizer quem permanece e quem tem a qualidade necessária para participar da competição”, avaliou o executivo de futebol coral, Nei Pandolfo.
Ainda sobre esse monitoramento, o treinador do Mais Querido garante que vem acompanhando o desempenho dos jogadores nas competições que disputaram, ou ainda estão jogando, neste ano. “Eu estou bem a par da base aqui e, antes de vir, estudei o que tinha aqui. Sei há quanto tempo o Santa não chega numa Copa São Paulo, que não ganha um campeonato pernambucano, os jogadores que estão na final agora contra o Náutico (na Copa Pernambuco)”, comentou o técnico Itamar Schulle.
EXEMPLOS NO PASSADO
O próprio comandante coral destacou a experiência que tem trabalhando com jovens talentos. Um deles - atacante que chegou até a jogar pela Seleção Brasileira - antes de se tornar profissional, foi levado por Itamar para uma competição amadora onde chamou a atenção de grandes clubes: Leandro Damião. Além disso, outros nomes revelados em clubes por onde passou geraram receita com vendas. Se a experiência ele já possui para isso, a intenção é de repetir o êxito no Santa Cruz.
“Eu lembro que coloquei um menino de 15 anos no Metropolitano-SC chamado Paulinho, que logo depois foi para o Grêmio e depois foi jogar no Japão. Eu trouxe o Damião dentro do meu carro de São Paulo para Ibirama e ele foi visto por um amigo meu na Copa Kaiser, em São Paulo, e lá ele se tornou o Leandro Damião. Cheguei no ABC em uma situação super difícil e teve o Fessin e o Matheus vendidos para o Corinthians. O Botafogo-PB botou um menino para fora quando cheguei, pedi de volta, botei para treinar e gostei. O Djavan, e se não me engano, hoje está indo para o Novorizontino. Então valorizo muito categoria de base, mas tem que ter suas qualidades. Todo jogador ou passa por uma base, ou vem do amador. Eu valorizo muito isso”, concluiu Schulle.