Cara nova na diretoria de futebol do Sport, o advogado Rodrigo Barros promete “110% de empenho” para superar a desconfiança que por ventura surja em torno de seu nome, principalmente pelo fato de ser filho do recém-eleito presidente rubro-negro, o também advogado Arnaldo Barros. Aos 32 anos, sendo os últimos três vivendo os bastidores do clube (quando o pai era vice de futebol e ele o diretor jurídico), Rodrigo se mostra ciente de que o cargo o alça à condição de “vidraça”, mas garante estar pronto para lidar com a pressão. Bem-humorado, revela o amor desde a infância pelo futebol e brada: “Eu era craque. Jogava muita bola. Era tipo um Diego Souza, só que mais rápido”, disse, aos risos.
Rodrigo é formado em direito pela Aeso. Casado e pai da pequena Pérola, de apenas um ano, assumiu o cargo de diretor jurídico do Leão em 2013. O convite para assumir um lugar na diretoria de futebol veio do vice-presidente Gustavo Dubeux. Pesou a favor dele o fato de nutrir uma ótima relação com o elenco. “A pouca idade, faz com que eu fale a mesma língua da maioria dos atletas. Isso é bom”, afirmou o diretor, que diz ter aprendido nos últimos anos com executivos que passaram pelo clube, como Nei Pandolfo e André Zanotta, além do gerente Adelson Wanderley.
Sobre as prováveis comparações com o pai, Rodrigo garante que está acostumado. “Isso existe desde quando decidi cursar direito. Na faculdade, no primeiro estágio, depois no estágio no escritório do meu pai, no início da carreira profissional... A pressão no meio jurídico é maior do que no meio do futebol e, mesmo assim, sempre agi com naturalidade. O que eu consegui na minha carreira como advogado foi pelo meu esforço. O que farei no futebol também será fruto disso”, disse. “Não posso prometer sucesso. Mas posso prometer 110% de empenho para ajudar o Sport. Em qualquer setor que eu for acionado, vou ajudar o Sport”, completou.
Questionado sobre seus conhecimentos futebolísticos, Rodrigo garante estar preparado para o desafio. “Sou um alucinado por futebol. Leio bastante, vejo muitos jogos. Não só nacionais, como internacionais. Depois que comecei a participar dos bastidores do clube, especificamente na hora em que Eduardo Baptista assumiu como técnico, comecei a observar os jogos de uma forma diferente, mais analítica. Não cheguei no futebol agora. Me preparei nos últimos três anos para isso”, garantiu.