Homero Lacerda: de atleta do clube a dirigente do Sport

Presidente do conselho começou a frequentar o Sport por influência do irmão mais velho
Karoline Albuquerque
Publicado em 07/05/2017 às 9:06
Presidente do conselho começou a frequentar o Sport por influência do irmão mais velho Foto: Foto: Karoline Albuquerque/Blog do Torcedor


Talvez nem todo torcedor do Sport saiba, mas o presidente do conselho rubro-negro Homero Lacerda já foi atleta do clube. Antes de ser diretor, no início dos anos 1980, e até presidente do Rubro-negro, no biênio 1987 e 1988, ele remava com a camisa do Leão. Primeiro, entrou na escolinha para aprender e depois participou de competições.


Na visão de Homero, vestir o manto vermelho e preto como atleta trouxe mais intimidade com o clube do coração. “Tinha torcida na Rua da Aurora, às margens do Rio Capibaribe quando havia competições. Você sua, usa a camisa do clube e cria um laço muito mais forte. Como se fosse jogador de futebol”, relembra ele, que tinha 17 anos quando começou no desporto e passou seis anos remando.

Sua história com o Sport data de ainda mais tempo, há mais de 60 anos. O pai, por incrível que pareça, era torcedor do Náutico. Mas, como não era tão ligado ao futebol, foi o irmão mais velho, Márcio, quem o levou para um jogo do Leão quando Homero era uma criança de apenas 5 anos. “Fiquei deslumbrado. Logicamente, pela influência dele e de primos que foram conosco, me tornei torcedor do Sport”, conta o rubro-negro.


Aconteceu na Ilha do Retiro sua lembrança mais forte antes de ser dirigente. No início dos anos 1970, Homero foi a uma final entre Sport e Náutico. Na época, o Leão passava por uma crise financeira muito grande e jogava com os juniores, contra o time profissional alvirrubro. Os rubro-negros perderam o jogo, mas a atitude da torcida impressionou o presidente. Os garotos, entre 17 e 18 anos, foram aplaudidos. Homero afirmou nunca ter visto um gesto como aquele.


Ao relembrar do esforço dos jovens de então, o presidente classifica a partida do Leão como brilhante, dando trabalho ao Timbu. “Quem entrasse no estádio acharia que o Sport tinha sido campeão. Uma coisa belíssima que me tocou profundamente. O apoio aos garotos, o sentimento, o reconhecimento pelo esforço. Eles lutaram feito leões. Não tinham as condições dos jogadores profissionais do Náutico, que formou um time caro. Naquele tempo era o inverso. O Sport enfrentava uma situação financeira extremamente precária.”

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