DEBATE

Ambiente político do Sport volta a esquentar

Homero Lacerda chegou a afirmar que acataria uma Assembleia Geral para discutir o impedimento dos presidentes do executivo e do conselho leonino

JC Online
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Publicado em 17/05/2018 às 7:12
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Homero Lacerda chegou a afirmar que acataria uma Assembleia Geral para discutir o impedimento dos presidentes do executivo e do conselho leonino - FOTO: Foto: JC Imagem
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Os bastidores do Sport voltaram a ferver. Após tomar a decisão de protocolar na presidência executiva do clube o documento com o pedido coletivo de mais de 500 sócios rubro-negros para a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária, com o objetivo de discutir o impedimento do presidente Arnaldo Barros, o presidente do conselho deliberativo, Homero Lacerda, provocou a insatisfação de muitos conselheiros. Alguns deles, inclusive, afirmaram que o chefe do CD leonino passou por cima da instituição.

“O presidente (do conselho) não poderia ter enviado ofício diretamente para o presidente Arnaldo Barros. O estatuto é muito claro. Eu respeito a opinião dos juristas que Homero escutou (antes de decidir convocar a assembleia), mas o artigo 68 do estatuto do clube é claro quando diz o seguinte: em caso de impedimento de qualquer integrante de qualquer órgão do Sport, precisa ser convocado o conselho deliberativo, com no mínimo 2/3 dos membros para discutir se vai ou não haver assembleia geral. Se achar que os argumentos não têm fundamento, o conselho pode, sim, impedir (a assembleia)”, declarou Yuri Limeira, primeiro secretário do conselho deliberativo, ao comentarista Ralph de Carvalho, na Rádio Jornal.

A insatisfação com a atitude de Homero teria sido tamanha, que os conselheiros estariam até estudando a possibilidade de impichar o mandatário do conselho. Procurado pela reportagem do Jornal do Commercio, Lacerda afirmou ter conhecimento desse movimento e que não colocaria nenhum empecilho em aprovar que a discussão do seu caso seja levada em frente. “Eu acompanhei isso, que estão querendo tirar o presidente do conselho do cargo. Se chegar a mim esse pedido, eu acato na hora. A gente convoca uma assembleia para discutir as duas coisas: estudar o impedimento do presidente do executivo e do conselho”, disparou Homero. “Eu respeito a Assembleia Geral, a diferença é essa. Não tenho nada a temer”, falou.

Com relação às acusações de que ele teria passado por cima dos conselheiros, Homero argumentou de que estaria embasado na avaliação feita por juristas do estatuto do clube. “Eu estou respaldado no parecer jurídico de dois advogados brilhantes, que me mostraram que o encaminhamento seria esse. São duas alternativas: ou aprova a Assembleia Geral pelo conselho ou pelas assinaturas dos sócios. Isso não é uma opinião minha, mas a de dois advogados que analisaram”, frisou.

JUSTIÇA

Segundo Homero, se Arnaldo Barros não cumprir o prazo de dez dias para convocar a assembleia, o caso pode parar na Justiça. “Ele (Arnaldo) não respondendo, qualquer associado pode entrar na Justiça para pedir uma liminar que determine a convocação da assembleia”, falou Lacerda.

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