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Pesado racha político no Sport

No dia 18 de dezembro, sócios escolhem o novo presidente do Leão

Wladmir Paulino
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Wladmir Paulino
Publicado em 03/12/2018 às 8:15
André Nery/Acervo JC Imagem
No dia 18 de dezembro, sócios escolhem o novo presidente do Leão - FOTO: André Nery/Acervo JC Imagem
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O primeiro ato da crise política do Sport começou há um ano, quando o time só conseguiu escapar do rebaixamento após uma insuspeitada arrancada na reta final do Brasileirão. O então presidente do Conselho Deliberativo, Homero Lacerda, fez duras críticas à condução do futebol. Primeiro, ao técnico Vanderlei Luxemburgo, que, segundo ele, chamava os jogadores para tomar cerveja. Depois, à própria diretoria, que não conseguiu um resultado melhor, mesmo tendo um elenco mais caro que outros rivais.

“A Chapecoense, com uma folha de R$ 1,4 milhão conseguiu um desempenho melhor que o do Sport, com R$ 3,4 milhões. O Sport tem todas as ferramentas para fazer um grande trabalho, mas precisa de um trabalho de liderança dentro do futebol”, disse ainda em dezembro de 2017.

Da bola para o dinheiro foi um pulo. O primeiro orçamento entregue pelo presidente Arnaldo Barros para este ano previa um rombo de R$ 15 milhões, rejeitado no Conselho. “No máximo, a despesa tem de ser igual a receita. Do contrário, não aprovamos. Isso é uma decisão unânime e vai prevalecer”. Posteriormente, outra peça sem déficit foi aceita. Ainda houve uma acusação de apropriação indébita de recursos do INSS dos funcionários.

O ano virou e o caldo engrossou. Entre os meses de março e agosto, a crise entre os mandatários dos dois poderes só piorou. Começou com Homero já vislumbrando o trágico desfecho da temporada. “É rezar para não ser rebaixado”.

Nessa mesma época, entrou em cena outro peso pesado da história leonina: Luciano Bivar. O ex-presidente foi bastante contundente em sua análise da atual administração. Apontou irresponsabilidade nas contratações e amadorismo dos dirigentes. “Não pode continuar esse desmando financeiro, essa orgia administrativa que está acontecendo no clube”.

A crise culminou com um requerimento que obrigava o presidente executivo a convocar uma Assembleia Geral Extraordinária para discutir o próprio impedimento. Ela foi assinada por 610 sócios, quando o mínimo necessário seriam 500. Porém uma decisão judicial obrigava o documento a ser avalizado pelo Conselho, que negou.

Críticas ao que entendia como falta de transparência sobre o que acontece no clube esquentaram ainda mais o clima. Arnaldo, quando veio a público, lembrou que as indagações já haviam sido respondidas e acusou tanto Homero quanto outros ex-presidentes de comparecerem a poucas reuniões do CD. Por fim, no dia 14 de agosto, Lacerda anunciou sua renuncia da presidência do Conselho.

OPOSIÇÃO

Nos bastidores a oposição se acertava para lançar uma candidatura. O primeiro a colocar o nome na mesa foi o advogado Eduardo Carvalho, ex-dirigente financeiro e jurídico do Sport. Um time composto pelos ex-presidentes Luciano Bivar, Jarbas Guimarães, Severino Otávio, Wanderson Lacerda, Fernando Pessoa, Arsênio Meira e o próprio Homero se uniram em torno da candidatura de Milton Bivar, presidente no biênio 2007/2008, campeão da Copa do Brasil.

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