Já na condição de ex-técnico do Sport, Milton Cruz se despediu do clube em pronunciamento oficial na tarde desta terça-feira (19). Depois de afirmar que decidiu entregar o cargo para preservar o presidente Milton Bivar, em razão da forte pressão que ambos vinham sofrendo, o treinador contou também que foi alertado por terceiros sobre como era difícil trabalhar no Leão. Ele deixa o comando da equipe depois de sete partidas. Foram quatro vitórias e três derrotas, com aproveitamento de 57%.
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"Estou tranquilo e saio de cabeça erguida. Mas poderia ter tido um período maior para poder trabalhar. Faltou um pouquinho de paciência da diretoria... Saio de cabeça erguida para deixar o cargo ao próximo treinador. O mais difícil já foi feito, que foi a montagem do elenco. No Brasil é difícil ter um projeto e ser cumprido. Já passei por isso no Figueirense. O futebol brasileiro é assim. A cobrança é muito grande em cima dos treinadores e não vai mudar. Já tinham me alertado sobre trabalhar aqui, que era muito bom, mas também muito difícil, pois tem muita gente tentando atrapalhar, não só gente de dentro do clube", revelou.
CRISE
A crise que desencadeou na entrega do cargo por Milton Cruz chegou ao ápice depois da derrota do Sport para o Santa Cruz, por 1x0, no Clássico das Multidões do último domingo (17), pela sexta rodada do Campeonato Pernambucano. No meio da semana anterior, o rubro-negro já tinha sido eliminado da primeira fase da Copa do Brasil ao perder para a Tombense por 3x0. O time jogava pelo empate e poderia ter garantido R$ 625 mil (brutos) de premiação se tivesse avançado à segunda fase.