O STJD indeferiu o pedido do Flamengo de Arcoverde para suspender a partida do próximo domingo entre Petrolina e Sport, pelas quartas de final do Campeonato Pernambucano. Mas o caso está longe de ter um fim. O corpo jurídico do Tigre entrou com um pedido de reconsideração nesta sexta-feira, em mais uma tentativa de recuperar os 13 pontos perdidos a partir da escalação irregular do jogador Edmilson Júnior.
Em entrevista ao comentarista Maciel Júnior, da Rádio Jornal, o advogado João Marcelo Neves, representante do Flamengo, afirmou que embora seja difícil conseguir a suspensão da partida e ganhar a vaga no mata-mata para enfrentar o Sport, o clube ainda reúne expectativas de evitar o rebaixamento para a segunda Divisão do Pernambucano.
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"Como derradeira medida, o clube apresentou um pedido de reconsideração do despacho (do STJD), porque a decisão foi equivocada. O relator não abordou diversos pontos que apresentamos. Tecnicamente, achei uma deicsão muito vaga e omissa. Reconheço que é uma situação muito difícil, com uma chance de 90% de chances para o Petrolina disputar as quartas de finais. Mas a gente se mantém na expectativa de evitar o rebaixamento, uma vez que o clube pode recuperar os pontos quando acontecer o julgamento do mérito", pontuou o advogado, antes de comantar o indeferimento.
"O Flamengo está sendo podado de disputar o Pernambucano no tapetão. No extra-campo. A gente pediu a suspensão do jogo para que julgassem o mérito. O que chamou a atenção é que ele (relator) reconhece como incontroverso que o Flamengo pediu a certidão no dia 18 de janeiro e só recebeu a informação do dia 8 de fevereiro. Foram 20 dias de espera. O Flamengo não ia escalar nenhum jogador nesse tempo?", questiona João Marcelo Neves.
PROBLEMAS DE CONSULTA
Como rege o Artigo 49 do Regulamento Geral de Competições da CBF, os clubes têm o dever de responder pela condição de jogos dos altetas, assim como possíveis punições pregressas. Embora reconheça a responsabilidade do clube, o representante jurídico se queixa da operação da Federação Pernambucana de Futebol para fornecer informações às equipes.
"Aí onde eu trago o entendimento da primeira comissão do TJD quando absolveu o Flamengo, por ter tomado todas as medidas necessárias sobre as condições dos atletas. É responsabilidade do clube, mas ele tem que demonstrar iniciativa e tem que ter meio para descobrir isso, que são as certidões", aborda João Marcelo.
Ainda de acordo com o advogado, o procedimento de consulta deveria ser de rápida execução. "Quem está na Federação sabe. Chegando lá, demora nem meia hora. Recebe a certidão na mesma hora. Quem vive o futebol sabe disso. É inconcebível que a Federação demore 20 dias para isso." E aponta a suspensão de uma certidão emitida pelo TJD, onde havia sido declarado que nada constava de punição ao jogador.
"O Tribunal emitiu a certidão de que Edmilson Junior estava regular. Nada constava. Aí, depois o presidente disse que as certidões emitidas estavam suspensas. O Flamengo não tem culpa. É Flamengo de Arcoverde brigando com Federação e TJD. A briga é essa", ressalta.