Discreto, mas eficiente. Na maioria das partidas do Sport, o futebol do volante Charles quase passa despercebido pelo torcedor rubro-negro. Contudo, o cabeça de área tem um papel fundamental para o time leonino: dar equilíbrio entre os setores. O camisa 35 é o segundo que mais desarma na Série B e, de quebra, o que mais acerta passes dentre os jogadores do elenco. Ou seja, Charles cumpre o seu papel defensivo, rouba a bola do adversário, e entrega com qualidade para que os homens da frente possam criar as jogadas ofensivas do Leão.
Traduzindo em números do Footstats (site especializado em estatísticas futebolísticas), nos três jogos disputados pelo Sport nessa Segundona, Charles conseguiu 12 desarmes certos – uma média de quatro roubadas de bola por jogo. Nesse quesito, o volante rubro-negro só fica atrás do zagueiro Lídio, do Oeste, que tem 15 desarmes. Entretanto, ele disputou uma partida a mais. Com relação à assertividade dos passes, o camisa 35 também tem números expressivos e contabiliza 119 certos e 20 errados na Série B, sendo o melhor passador do Sport na competição.
“Fico feliz pelos dados que saíram. Sou volante e nossa principal função é o desarme. Trabalho muito para conseguir desarmar e ajudar a nossa equipe da melhor maneira. Trabalhei com o professor Guto Ferreira no Internacional, então, ele já sabe o meu estilo de jogo, está sempre conversando comigo e me ajudando a melhorar”, contou Charles.
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Nessa temporada, apesar da grande concorrência no meio de campo do Sport, Charles disputou 16 jogos pelo Leão (ficou de fora apenas da estreia do Pernambucano, na derrota para o Flamengo de Arcoverde), e marcou um gol com camisa rubro-negra – diante do Vitória de Santo Antão. “Também costumo chegar na área. Hoje (ontem) mesmo treinamos muito essa questão de finalização e chegada na área para termos facilidade de fazer os gols quando surgir alguma chance no jogo”, comentou.
ACESSO NO CURRÍCULO
Apesar de novo (22 anos), Charles já tem no currículo um acesso à Série A e enxerga semelhanças na luta do Sport, com a que vivenciou no Inter. “É muito parecida a situação. No Internacional também tinha essa desconfiança. Começamos mal a Série B, mas depois tivemos uma boa sequência de vitórias e ficamos um bom tempo na liderança da competição. Temos de ajustar alguns detalhes jogando em casa, até porque o Pernambucano não é o mesmo nível da Série B. A exigência é maior. Nos adaptamos bem a competição nesses três primeiros jogos e esperamos que contra o América-MG possamos engatar essa sequência de vitórias e deslanchar na competição”, desejou.
