APOIO

Torcida do Sport demonstra apoio ao goleiro Magrão

Reportagem do Jornal do Commercio conversou com vários torcedores rubro-negros antes da partida contra o CSA

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 30/06/2019 às 20:23
Foto: Alexandre Gondim/ JC Imagem
Reportagem do Jornal do Commercio conversou com vários torcedores rubro-negros antes da partida contra o CSA - FOTO: Foto: Alexandre Gondim/ JC Imagem
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O amistoso entre Sport x CSA, neste domingo (30), na Ilha do Retiro, marcou o primeiro jogo do time rubro-negro sem Magrão no elenco - o goleiro acionou o clube na justiça cobrando salários atrasados e exigindo a antecipação de tutela. Diante de um possível clima de animosidade da torcida leonina contra o ex-camisa 1, a diretoria do Sport tomou a decisão de retirar os quadros com as camisas de Magrão que ficavam em um mural na entrada das sociais. Já o banner de mais de três metros de altura com a imagem de Magrão, que ficava na sede social, foi substituído por um com a imagem de um Leão rugindo na Ilha do Retiro e com os dizeres: “Que sorte que somos Sport”. Porém, de acordo com a própria direção rubro-negra, a medida foi temporária para evitar depredações de associados mais exaltados e que não se tratava de uma represália do clube.

A medida preventiva, entretanto, pelo que pôde ser visto pela reportagem do Jornal do Commercio, não era necessário. Afinal, de torcedores entrevistados, apenas dois discordaram da atitude de Magrão - de ter entrado na justiça contra o Sport -, enquanto que os demais entenderam e apoiaram a decisão do goleiro. “Ele tem direito de buscar os seus direitos na justiça. Já devia ter acontecido conversas e nada foi resolvido. Por isso ele teve de buscar na justiça”, disse o sócio César Leonardo.

Quem também não julga a atitude do ex-camisa 1 é o médico Américo Ernesto. “É uma questão jurídica. Cada um corre atrás do que entende que tem direito. Já o Sport tem de defender o seu lado”, disse o torcedor rubro-negro. Já Arthur Castro, de apenas nove anos, mesmo ficando triste com a saída do seu ídolo, entende a postura do paredão da Ilha. “Ídolo ele continua sendo, mas fiquei muito triste. Mas entendo que cada um tem de procurar o que é melhor”, falou o garoto.

 

Por outro lado, a estudante de administração Soraia Beco, não escondeu a chateação com Magrão. “Não concordo, em partes, com a atitude dele. Deveria ter conversado mais com o clube, ter feito uma negociação. Porque ele sabe da situação do clube mais do que nós. Deveria ter feito um acordo e não prejudicar ainda mais o clube - de levar o caso a Justiça”.

O militar Leonardo Santos acredita que o goleiro faltou com respeito aos torcedores. “Ele como ídolo da torcida e respeito que tinha por nós deveria ter sido demonstrado agora. E não com essa atitude que ele teve (se escondendo). Ele esqueceu os torcedores e tomou uma atitude precipitada por conta de dinheiro e de outros interesses”, disparou.

IMAGEM INTACTA

Apesar da divergência entre alguns torcedores com relação a forma como Magrão conduziu sua saída do clube, nenhum rubro-negro entrevistado pelo JC afirmou que o posto de ídolo foi manchado por conta desse episódio extra-campo. “Pra mim, Magrão continua sendo ídolo e morando nos corações dos torcedores rubro-negros”, falou o estudante William Oliveira. Opinião corroborada pelo sócio Eduardo Bertoldo. “Acho que não fica nenhuma mancha não (em relação a imagem de Magrão no clube). Ele continuará sendo ídolo”.

O caso de Magrão está na Justiça e, na última sexta-feira, na segunda audiência de conciliação, o Sport tomou ciência do valor exigido pelo goleiro para fazer um acordo. Se não houver entendimento, o processo segue na Justiça do Trabalho, com a audiência de instrução, a princípio, sendo marcado para setembro, com Magrão sendo obrigado a comparecer.

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