Abdelmassih pode responder por comércio de embriões

Vítimas disseram que o ex-médico fazia diversas coletas de óvulos, em vez de apenas uma
Adriana Oliveira
Publicado em 20/08/2014 às 17:08


Um segundo inquérito policial que investiga o ex-médico Roger Abdelmassih por outros 26 estupros pode acusá-lo de crimes contra a lei de biossegurança, como a comercialização indevida de embriões humanos. Para isso, a Polícia Civil precisa encontrar o engenheiro Paulo Henrique Ferraz Bastos, ex-sócio de um casal de russos que fazia pesquisas na clínica de Abdelmassih que também é suspeito de enganar as pacientes fertilizando-as com embriões de outros casais.

"Elas (as vítimas) achavam que ele comercializava os óvulos. Algumas mulheres também vieram relatar que as crianças nasceram defeituosas", afirmou a delegada Celi Paulino Carlota, da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

Ainda de acordo com a delegada, as vítimas disseram que o ex-médico fazia diversas coletas de óvulos, em vez de apenas uma. Carlota também afirmou que desses outros 26 casos, em pelo menos quatro deles houve má formação dos fetos.

Em um deles, a criança morreu no segundo mês de gestação e a vítima só foi abortar durante o quarto mês sem que soubesse que o feto já estava morto.

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