O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), declarou na manhã desta terça-feira (10) que não pretende recorrer ao chamado quarto volume morto do Cantareira -nova reserva de água descoberta pelo governo abaixo no nível de captação do sistema.
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"Este é um estudo que a Sabesp vem fazendo, é preciso aguardar a finalização deste trabalho para aí termos uma definição. Nós não pretendemos usar nem a terceira reserva técnica, a não ser se houver necessidade", disse em entrevista logo após inaugurar o CPJ (Centro de Polícia Judiciária), em Marília (445 quilômetros de SP).
Conforme a Folha de S.Paulo revelou nesta terça, o governo paulista encontrou a nova reserva de água e realiza cálculos sobre seu volume disponível e se seu consumo é viável. Estima-se que 40 bilhões de litros sejam aproveitáveis no quarto volume.
Sobre o rodízio em São Paulo, Alckmin afirmou que não existe nada definido e que caberá à companhia de saneamento decidir sobre o assunto. "É uma decisão técnica, da Sabesp, que faz o monitoramento diário [do consumo de água]".
O governador também anunciou que dentro dos próximo dias o governo paulista iniciará uma obra levar mais água para Itaquaquecetuba, no Alto Tietê. Segundo Alckmin, a obra terá duração de quatro meses e permitirá ampliar a oferta de água em 4 metros cúbicos por segundo.
O governador sustentou que não é de interesse do Estado arrecadar dinheiro com as multas para quem exceder no consumo. "O que queremos é que todos participem, que todos colaborem. Vivemos o momento de maior seca nos últimos cem anos na região Sudeste. A economia que a população fez com o bônus equivale a 1 bilhão de litros de água."
Alckmin classificou a adesão ao bônus como fantástica. "Se houver necessidade, faremos [o rodízio], mas estamos garantindo o abastecimento com o menor sofrimento possível para a população", disse.
O CPJ inaugurado em Marília abriga cinco distritos policiais e três delegacias especializadas.