O Sistema Cantareira, maior manancial da região metropolitana de São Paulo, encerrou o mês de março com o maior volume de captação de chuva dos últimos sete anos, registrando 206,5 milímetros (mm). O volume está 16,1% acima da média histórica prevista para este mês e 6,8% superior ao registrado em igual período do ano passado.
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Desde 2008 não chovia tanto sobre as seis represas que formam o Sistema Cantareira de onde é retirada a água para o abastecimento de 5,6 milhões de pessoas. Naquele ano, as captações foram 210,7 mm em um momento igualmente de baixa dos reservatórios, que tinham pouco mais da metade de água armazenada em relação à capacidade de produção (53%). Porém, era uma condição bem diversa da atual crise hídrica.
Nos meses de fevereiro e março, as chuvas foram mais frequentes e ajudaram a minimizar o impacto da seca em janeiro, quando choveu abaixo da média. A captação de água do Cantareira nos dois últimos meses recuperou a segunda cota do volume morto (água que fica abaixo das comportas e que precisa ser bombeada), mas ainda falta elevar em 10,2 pontos percentuais o atual nível para que se atinja o volume útil (água que fica acima das comportas e captada por gravidade).
Hoje (31), o nível do Cantareira está em 19%, com acréscimo de 0,1 ponto percentual sobre o registrado ontem (30) e quase quatro vezes mais do que o índice de janeiro (5,1%). Se for considerado o volume morto, o nível está em 14,7%.
Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), dos cinco mananciais restantes, só o do Rio Claro recebeu volume de de chuva abaixo da média histórica. O acumulando neste mês alcançou 235,2 mm, e o esperado era 245,9 mm. De ontem (30) para hoje (31), o nível caiu de 43,9% para 43,6% .
No Alto Tietê, o nível permaneceu estável em 22,8% e, nos outros três, ocorreram elevações: Guarapiranga, de 85% para 85,2%; Alto Cotia, de 64,6% para 65,2% e Rio Grande, de 97,3% para 97,5%.