Homenagem

Monumento homenageia vítimas de chacina em escola de Realengo

O monumento, construído a pedido das famílias das vítimas, agrupa as esculturas de bronze de 11 crianças e adolescentes, com 1,5 metro de altura

Da ABr
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Publicado em 20/09/2015 às 12:47
Foto: Vitor Abdala/ Agência Brasil
O monumento, construído a pedido das famílias das vítimas, agrupa as esculturas de bronze de 11 crianças e adolescentes, com 1,5 metro de altura - FOTO: Foto: Vitor Abdala/ Agência Brasil
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Um monumento em homenagem às 12 crianças e adolescentes mortos por um atirador na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, foi inaugurado na manhã deste domingo (20) em uma praça nos fundos do colégio. A chacina aconteceu no dia 7 de abril de 2011, quando um ex-aluno da escola entrou armado na unidade e matou os estudantes, todos com idade entre 12 e 15 anos.


O monumento, construído a pedido das famílias das vítimas, agrupa as esculturas de bronze de 11 crianças e adolescentes, com 1,5 metro de altura. Uma borboleta representa a 12 a vítima, já que a família pediu para que o rosto da criança não fosse reproduzido no memorial.

Tia da menina Karine Lorraine, Ana Paula dos Santos diz que o tempo que se passou desde a tragédia não foi suficiente para diminuir a dor da perda de sua sobrinha, que tinha 14 anos quando foi morta.

“As pessoas falam: 'com o tempo passa'. Para quem não está vivenciando isso na família passa, passa rápido. Mas, para a gente que convive ali, no dia a dia, sabendo que ela não vai mais chegar, não vai mais te ligar, você não vai mais ouvir a voz, você não vai mais ver, isso é como se fosse ontem”, disse.

Para o hoje subtenente Márcio Alves, que entrou na escola durante a chacina, confrontou o atirador e impediu que o número de mortos fosse maior, o monumento é uma bela homenagem às crianças. “Toda homenagem para eles é válida. Seria melhor se fosse uma homenagem com eles vivos, mas, pelo sofrimento que essas famílias passaram, tudo é válido para elas”, afirmou.

Em um discurso, durante a inauguração, Adriana Maria, mãe de Luiza Paula, que tinha 14 anos quando morreu, disse que o monumento não deve ser encarado como algo que lembre a dor e o sofrimento, mas sim como um pedido de paz.

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