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Bombeiros usam helicóptero e até drone para localizar vítimas em Minas

Do alto da montanha, bombeiros, agentes de saúde e parentes observam a lama, sem ter o que fazer

Da Folhapress
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Publicado em 06/11/2015 às 15:45
Foto: Corpo de Bombeiros/MG
Do alto da montanha, bombeiros, agentes de saúde e parentes observam a lama, sem ter o que fazer - FOTO: Foto: Corpo de Bombeiros/MG
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Sem poder acessar o vilarejo de Bento Rodrigues, em Minas Gerais, parcialmente destruído após o rompimento duas barragens, as equipes de resgate usam um drone e três helicópteros na tentativa de localizar sobreviventes em meio ao mar de lama.

Bombeiros dizem que a prioridade é, com a ajuda de cães farejadores, tentar achar os que se refugiaram na mata logo após o estouro da barragem. Só quando a lama baixar e o terreno estiver firme, é que irão entrar no vilarejo à procura de corpos.

Do alto da montanha, bombeiros, agentes de saúde e parentes observam a lama, sem ter o que fazer. Segundo dados oficiais, uma pessoa morreu e há, segundo o sindicato local, 25 desaparecidos.

O acidente ocorreu por volta das 15h30, em Bento Rodrigues, a 15 km do centro de Mariana. A vila, que tem 121 casas e 492 moradores, segundo o IBGE, foi totalmente inundada pela lama.

A barragem é da mineradora Samarco, que pertence à Vale e à australiana BHP. A mineradora afirmou que o conjunto de barragens no município de Mariana foi alvo de fiscalização em julho deste ano e encontravam-se em "totais condições de segurança". Muitos moradores também passaram a noite no local, à espera de notícias.

Na manhã desta sexta (6), centenas de pessoas foram levadas em vans e ambulâncias à Arena Mariana, ginásio esportivo usado pela prefeitura para receber os desabrigados. Eles ganharam roupas, comidas e assistência médica. Do lado de fora, moradores aflitos tentavam receber informações de familiares.

A cabeleireira Denise Isabel Monteiro, 32, diz que seu sobrinho de cinco anos está desaparecido. Na manhã desta sexta (6), ela tentava encontrar no ginásio a cunhada que está grávida. "Sei que ela está viva, mas não sei se ela já foi trazida e se está lá dentro [do ginásio]. Foi um desespero total, porque a gente pensou que todo mundo tinha morrido. A gente sabe como é perigoso ali [em Bento Rodrigues]", diz.

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