O Ministério da Saúde afirmou não haver evidência científica de novo ciclo de casos de microcefalia em Campina Grande. A previsão foi feita pela médica Adriana Melo, que diagnosticou um novo caso na semana passada, na cidade paraibana "É uma doença sazonal. Tivemos um período mais calmo. Mas a tendência é de que a partir de agora haja um aumento do número de casos", disse. O nascimento ocorre meses depois de a cidade ter enfrentado uma onda de infecções por zika. De acordo com o ministério, no entanto, o número de casos registrados nos últimos dois meses é menor do que o registrado no mesmo período do ano passado.
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Campina Grande está situada em uma região onde o número de casos de microcefalia ligada ao zika é bem superior ao que é registrado no restante do País. "Não sabemos ainda a causa da diferença. Somente pesquisas podem identificar se há outros fatores envolvidos no maior risco para o desenvolvimento da síndrome", afirmou a médica, responsável por identificar pela primeira vez a presença do zika no líquido amniótico de dois fetos, em novembro de 2015.
Embora a epidemia de zika tenha ocorrido em várias partes do Nordeste ano passado, o nascimento de bebês com síndrome relacionada à infecção foi maior nos Estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Em todo o País, foram confirmados até agora 2.033 casos de microcefalia e outras alterações ligadas ao sistema nervoso central relacionadas com a infecção congênita pelo zika. Ainda permanecem em investigação 3.055 casos suspeitos.